O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), defendeu o afastamento imediato do assessor da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) Idaílson Vilas Boas Macedo, acusado pela Polícia Federal de envolvimento no esquema que desviava recursos de fundos de pensão municipais. O envolvimento de Idaílson foi revelado em reportagem de O Estado de São Paulo.
De acordo com Sampaio, as ministras Ideli e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), que assinou a contratação de Idaílson, precisam dar esclarecimentos sobre o caso. Sampaio irá apresentar requerimento de convocação das ministras na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle no início da próxima semana.
“É mais um caso gravíssimo: um assessor muito próximo da Presidência da República acusado de atuar em um esquema de lavagem de dinheiro e que fazia as negociações dentro do Palácio do Planalto. Ou seja, o crime era cometido em alguma sala próxima ao gabinete da presidente da República”, afirma.
Segundo Sampaio, as ministras precisam esclarecer de quem partiu a indicação do assessor, que tipo de critério foi utilizado para a contratação, qual a função que Idaílson desempenhava, e que nível de acesso ele tinha às informações da pasta e da Presidência da República. “As ministras são responsáveis pela atuação de seus assessores. É um caso que envolve funcionário de dentro do Palácio do Planalto. O que está havendo lá? Elas precisam explicar isso”, afirmou Sampaio.
