Brasília (DF) – Com o ministro Aloysio Nunes Ferreira à frente do Ministério das Relações Exteriores, o país inicia agora um novo capítulo da integração regional, dialogando com nações e blocos esquecidos pela gestão petista. Após 13 anos rejeitando uma aproximação, o Mercosul e a Aliança do Pacífico vão estabelecer uma agenda entre as economias latino-americanas. Em entrevista à imprensa brasileira nesta quarta-feira (29), a presidente do Chile, Michelle Bachelet, confirmou que uma reunião de chanceleres será realizada no dia 7 de abril e que, nela, um plano será estabelecido.
“Fizemos uma proposta ao Mercosul e vamos ver quais são os elementos sobre os quais poderemos seguir avançando. Já estamos trabalhando em uma aproximação desde o ano passado e agora esperamos um protocolo de acordo. No dia 7 de abril nos reuniremos e vamos avaliar onde é que podemos avançar”, destacou Bachelet.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo desta quinta (30), fontes diplomáticas do Brasil indicaram que o governo vai à reunião “sem tabus” e que está disposto a falar sobre “todos os assuntos de integração”. Com alguns dos membros da Aliança, existe um cronograma de desgravação tarifária (retirada das tarifas de importação) já para 2019.
Criada pelas economias do Pacífico, a Aliança foi inicialmente vista com desconfiança durante os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Nos bastidores, a iniciativa chilena era considerada como uma ameaça aos planos de expansão e influência regional do Mercosul.
Na avaliação de Bachelet, a aproximação “é algo muito bom”. “O que nunca desejamos é que estejam de costas, o Pacífico e o Atlântico”, afirmou.
Antes da entrevista, ao participar de uma sessão especial da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, a presidente afirmou que quer o acordo com o Mercosul para “ampliar produtividade e competitividade da região, diversificar o que exportamos e ainda permitir uma maior conexão com corredores bioceânicos”.
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