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Como nunca antes: Brasil, um país à deriva

As piores previsões sobre a economia brasileira vão se confirmando.  Não bastasse a inflação renitente acima de 6%, a projeção de um baixo crescimento do produto bruto, próximo a 1%, os investimentos paralisados, a baixa produtividade da economia, as receitas de exportação cada vez menores com a queda dos preços dos produtos agrícolas causando uma balança comercial deficitária, e a queda das receitas tributárias – agora aparece com toda intensidade a desaceleração da criação de vagas no mercado de trabalho – talvez a única variável que ainda se mantinha positiva para sustentar a política econômica desse governo e a chance de reeleição da presidente.

O mercado formal de trabalho no país criou apenas 59 mil vagas em maio, o pior resultado para o mês desde 1992, menor que o resultado do ano passado que havia sido a criação de 72 mil vagas e menos da metade dos menores resultados do período de 22 anos, que foram 2003, 2009 e 2012, além de 2013.

A característica mais danosa dessa baixa criação de empregos é que a indústria encolheu e o resultado medíocre mas ainda positivo só foi possível pelos resultados da agricultura e dos serviços.  Se levarmos em conta que em maio se concentraram obras e serviços em função da Copa, podemos imaginar o que nos espera nos próximos meses.

O governo federal continua com suas estripulias que alguns chamam de criatividade.  Acaba de dar novas áreas do pré-sal para exploração pela Petrobras, sem licitação.  Com isso a Petrobras – que já não está bem das pernas – pagará à União 13 bilhões de reais durante cinco anos, dos quais 2 milhões só nesse ano, para uma exploração que deve dar resultados a partir de 2020.  Para tentar manter o superávit fiscal – essencial para sustentar a já débil posição do Brasil diante do mercado financeiro internacional – vende os direitos que tem sobre o petróleo sacando sobre um ativo que o país deve preservar para o futuro.

O país está à deriva.  A resposta de Dilma é acusar a oposição, a mídia, o mau humor dos empresários, o capitalismo internacional, o sistema financeiro e, se o Brasil não ganhar, o Felipão.  O PT não tem nada mais a oferecer à Nação.

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