Depois de dez anos fora do PSDB, o cientista político Luiz Felipe d’Avila, 54, voltou ao partido para disputar prévias para o governo de São Paulo. Sem nunca ter concorrido a uma eleição, o genro do empresário Abilio Diniz desdenha da pecha de “candidato dos ricos”. “Você vai ter o candidato da elite mais antielitista, que sou eu”, rebate.
Outsider como João Doria (PSDB) era em 2016, sua pré-candidatura pode se tornar um ativo para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que estimulou a sua filiação, na campanha de 2018.
D’Avila critica a atitude de Doria de não defender prévias para a escolha do presidenciável tucano e afirma que seu discurso de polarização com o PT não seria suficiente para a eleição presidencial.
O cientista político, que lançou sua pré-candidatura no último dia 4, falou com a Folha na semana passada, por telefone, de Portugal, onde descansava antes da maratona eleitoral.
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Folha – A corrupção está escancarada e a política, em crise. Por que entrar nela agora?
Luiz Felipe d’Avila – A gente tem que entrar quando acredita que dá para fazer a diferença. A diferença é a renovação, que significa política ética e boa gestão. Outras três coisas são importantes: o combate ao populismo, ao corporativismo e ao patrimonialismo. Leia a íntegra AQUI