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“Confisco de caderneta de poupança mostra que governo perdeu o limite”, afirma Nogueira

Presidente estadual do PSDB-SP, deputado federal Duarte Nogueira

O confisco da caderneta de poupança de meio milhão de brasileiros e a utilização do recurso para engordar o lucro da Caixa Econômica Federal mostram que o governo petista perdeu o limite, avaliam parlamentares tucanos. De acordo com eles, a denúncia é estarrecedora e precisa de urgente esclarecimento.

O deputado federal Antonio Imbassahy (BA), líder eleito do PSDB na Câmara para 2014, anuncia que a oposição cobrará a apuração de mais um abuso na gestão pública federal. “O PSDB vai entrar com várias medidas, em âmbito governamental e de outras instituições, com o propósito de preservar o patrimônio dos correntistas e da população brasileira”, afirma.

Imbassahy diz que a economia está virando uma bagunça. “A presidente conseguiu um fato inédito em apenas três anos de mandato: reduzir as expectativas do brasileiro com relação ao futuro e fazer com que os investidores não confiem no nosso país. Tudo isso revela a incompetência da sua gestão”, acrescenta.

Em 2012, a Caixa Econômica Federal fez uma espécie de confisco de milhares de cadernetas de poupança. A instituição encerrou irregularmente 525.527 contas sem movimentação por até três anos e com valores entre R$ 100 e R$ 5 mil. O saldo dessas contas foi lançado, também de forma irregular, como lucro no balanço anual da Caixa, à revelia dos correntistas e do órgão regulador do sistema financeiro. No total, o confisco soma R$ 719 milhões.

A denúncia foi publicada pela revista “IstoÉ”, com base em uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), órgão vinculado à Presidência da República. O minucioso relatório tem 87 páginas. O documento sobre a contabilidade da Caixa foi remetido à Assessoria Especial de Controle Interno do Ministério da Fazenda e ao Banco Central.

Na visão do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a revelação é estarrecedora. “Se confirmada esta denúncia, de extrema gravidade, demonstrará, mais uma vez, a falta de limites do governo do PT em sua prática de manipulação contábil, que vem minando a credibilidade das contas públicas do país”, avalia.

Na mesma linda, o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) define o caso como temerário. “É uma insegurança muito grande por parte da conduta do governo e de uma instituição financeira tão importante na condução dos depósitos dos correntistas. É um assunto gravíssimo. Esperamos que as informações e a verdade venham à tona”, avalia.

Nogueira recorda que a última vez em que houve confisco da caderneta de poupança foi justamente no governo do ex-presidente Fernando Collor de Melo – a mais drástica entre as tentativas de combate aos altos índices de inflação que vigoravam à época. “Com a estabilidade econômica e com os instrumentos de transparência na área financeira, o confisco jamais aconteceu”, acrescenta. Ele diz ainda que os agentes financeiros devem esclarecimento à sociedade.

Imbassahy resgata outra trapalhada da Caixa Econômica na gestão da presidente Dilma Rousseff. Trata-se do boato sobre o fim do Bolsa Família, em maio de 2013. Na ocasião, a população correu ao banco em vários estados para sacar o benefício, causando um enorme tumulto. A culpa pelo episódio recaiu sobre a própria Caixa, que adiantou o pagamento do benefício sem o aval do Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pela ação.

O deputado federal Jutahy Junior (PSDB-BA) diz que a falta de transparência virou a marca da gestão petista. “A Caixa Econômica apropria-se de 700 milhões de reais de contas inativas de seus clientes e contabiliza como lucro. Tudo ilegal. É a cara da era lulopetista”, afirma. Na opinião de Bruno Araújo (PE), surge um novo escândalo em um governo cercado por uma série de denúncias de irregularidade.

Do Portal do PSDB na Câmara

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