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Copa do Mundo: bom, mesmo, é o povo brasileiro

alberto-goldman-foto-george-gianni-psdb--300x199Perdemos a Copa do Mundo de Futebol, mas ficamos entre os quatro melhores.  Não é ruim.  Ruim foi o Lula e a Dilma venderem a ideia de que, sendo a Copa aqui no Brasil, teríamos mais facilidades para vencer.  Ledo engano.  Ruim, também, a publicidade em torno da construção de um sem número de obras de infra estrutura que seriam o legado da Copa.  Pura mistificação.

Ruim mesmo é ouvir o Lula dizer que as vaias foram de uma “elite branca” que ocupa os assentos dos estádios e a Dilma dizer que é preciso parar de “exportar” os nossos talentosos jogadores.

O Lula não sabia que com os preços das entradas nos estádios só lá estariam convidados especiais – uma elite – com entradas fornecidas pelas grandes empresas do país?  E que qualquer cidadão seria afastado dos estádios, ou pelo preço das entradas, ou pelos sorteios para compra que nunca favoreciam os meros mortais, de qualquer cor ou raça?  Vejam a foto abaixo para identificar a elite branca.

Vem a Dilma, agora, falar contra a “exportação”, procurando impedir que os nossos jogadores atinjam o Nirvana possibilitado pelo incrível enriquecimento que as negociações de seus passes e salários no exterior lhes permite ( um Neymar recebe em 1 mês lá fora, mais que um cientista, que trabalha para salvar milhares de vidas, ganha em toda a sua vida ).

Dilma quer fazer-nos crer que assim venceremos a próxima Copa?  Não seria melhor que ela se preocupasse com os milhares de cientistas e profissionais de alta capacidade, que anualmente são exportados para os países que lhes oferecem altos salários e benefícios, depois de sua formação nas nossas instituições públicas, vale dizer, com o nosso dinheiro?  Esses são atraídos para outros países para neles criar riquezas ou salvar vidas.

Não seria mais adequado formular uma legislação que estabelecesse a responsabilidade dos dirigentes das entidades esportivas – clubes, federações e confederações – entidades privadas que não pagam à Previdência pública e que também não vão pagar os empréstimos que levantaram para construir os estádios de futebol?  Deveriam responder pelos prejuízos que provocam ao cidadão ou ao poder público como em qualquer ramo de negócio.

Não seria mais sério e responsável Dilma se preocupar com o uso e as despesas de manutenção dos enormes estádios em cidades que nunca terão público para preenchê-los?

Dilma fala em renovação do futebol.  Ela quer renovar o quê?  Fala sem saber o que diz.  Por que não incentivar as demais modalidades esportivas, principalmente durante a vida escolar dos jovens?

O governo defendia a Copa feita no Brasil pelos resultados econômicos que se teria o país com a vinda de milhares de torcedores dos diversos países.  E o que aconteceu?  Grande parte dos turistas eram mochileiros que mais produziam despesas do que receitas  ( infra estrutura adequada para ficar com suas barracas, policiamento especial para segurança pública, providências para atendimento médico, se necessário, locais – sambódromo, autódromo para se instalar, etc ).  Só produziram resultados econômicos positivos aqueles que se instalaram em hotéis de melhor qualidade.  Mesmo assim, muitos hotéis e restaurantes ficaram frustrados com os resultados.

Os aeroportos, de fato, tiveram um grande avanço no que se refere à sua ampliação.  Com mais de dez anos de atraso, fez-se algo absolutamente necessário que já deveria ter sido feito.  Quanto à segurança e à mobilidade, Estados e Municípios deram conta do recado.  O governo federal aplaudiu.

Bom  mesmo é o povo brasileiro, que recebeu a todos com muito carinho.  Ponto que terá repercussão no exterior, limpando um pouco o nome do Brasil manchado pela repercussão negativa –  muitas vezes ampliada – de acontecimentos negativos do dia a dia de nossas cidades e pela corrupção que se espraiou pelo país.

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