O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, retomou hoje os trabalhos na sede da Prefeitura e afirmou que não pensa em se afastar do cargo, mas terá de obedecer às restrições médicas para evitar grandes aglomerações de pessoas. Covas passou 23 dias internado, mas não se afastou do trabalho por nenhum dia sequer neste período.
Ele reafirmou sua disposição de continuar “prefeitando” e deixar os planos de uma possível reeleição para 2020. “Quanto mais eu trabalhar, melhor. Ocupa a cabeça”, disse.
Covas afirmou que mantém a disposição de dar transparência total às informações relacionadas à sua saúde e ao tratamento ao qual é submetido. “A população tem direito total de saber o que se passa com o seu prefeito”, disse.
O prefeito agradeceu ao apoio que tem recebido de amigos e de anônimos e explicou que o processo de digitalização da prefeitura foi o que permitiu que ele se mantivesse o trabalho mesmo durante o período de internação.
Covas afirmou que continuará trabalhando enquanto tiver condições físicas. “Quando não tiver condições sou obrigado a me afastar”, afirmou. Covas foi diagnosticado com câncer no sistema digestivo.
Ele ressaltou que as inaugurações continuarão, mesmo na sua ausência. “A ausência do prefeito não pode impedir uma UBS, por exemplo, de ser inaugurada e beneficiar a população”, afirmou.
Covas inicia na próxima terça-feira o terceiro ciclo de quimioterapia, que deve durar 30 horas. Em dezembro, segundo a equipe médica, ele será reavaliado para definir a continuidade do tratamento.
PLANO B DE BRUNO
O governador João Doria, que acompanhou a coletiva de Bruno Covas, afirmou aos jornalistas que o PSDB não tem outro plano que não a reeleição do prefeito. “O PSDB não tem plano B, tem plano Bruno. É só Bruno Covas. E o Bruno terá saúde e condições, história, biografia e votos para se reeleger em 2020”, afirmou.
