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CPMI da Petrobras volta a se reunir nesta terça com pauta carregada de requerimentos

Sampaio e Izalci representam o PSDB na CPMI da Petrobras e são autores de requerimentos ainda não votados. Líder Antonio Imbassahy também participa com frequência das reuniões do colegiado.
Sampaio e Izalci representam o PSDB na CPMI da Petrobras e são autores de requerimentos ainda não votados. Líder Antonio Imbassahy também participa com frequência das reuniões do colegiado.

Quase 400 requerimentos estão pendentes de votação na CPI mista da Petrobras, que volta a se reunir nesta terça-feira (2), às 14h30. Entre eles, estão pedidos do deputado Izalci (DF) para ouvir a contabilista que prestou serviços para Alberto Youssef, Meire Bonfim Poza, que em depoimento no Conselho de Ética da Câmara deixou mais claras as relações entre o doleiro e políticos aliados do governo federal.

O parlamentar tucano pediu também a convocação de João Procópio Junqueira após a Polícia Federal ter verificado mais de US$ 5 milhões bloqueados em contas no nome dele em Genebra, na Suíça. Junqueira é suspeito de ser laranja de Alberto Youssef no envio de quantias para a Europa.

Izalci também requereu a convocação dos citados em vídeo revelado pela revista Veja, que levanta suspeitas de uma combinação de depoimentos prestados pela presidente da empresa, Graça Foster, e o ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró, na CPI do Senado. Entre eles José Eduardo Barrocas, ex-chefe do gabinete da estatal em Brasília, que deixou o cargo e foi transferido para ser assistente de Foster na sede da estatal, no Rio de Janeiro.

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, também foi convocado para apurar quais motivos o levaram até uma das empresas de Youssef, a GFD investimentos, firma sem atividade comercial. A polícia federal suspeita que Vaccari tenha intermediado uma negociação entre as empresas do doleiro e o fundo de pensão da Petrobras, Petros. O pedido é do deputado Carlos Sampaio (SP).

Alberto Youssef está preso desde março. Ele é acusado de ser o comandante de um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. A Polícia Federal apura se o esquema envolvia diretores da Petrobras, como Paulo Roberto Costa, também preso.

Também há requerimentos de informações a cartórios no Rio de Janeiro sobre a situação dos imóveis doados por Graça Foster e Nestor Cerveró. As doações aconteceram depois da divulgação de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A solicitação partiu do deputado Rubens Bueno (PPS).

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou em 23 de julho relatório do ministro José Jorge determinando que o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli e 11 diretores e ex-diretores da estatal devolvam aos cofres da petrolífera US$ 580,4 milhões por prejuízos na compra de Pasadena.

Confira AQUI os requerimentos pendentes de votação na CPMI.

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