Quase 400 requerimentos estão pendentes de votação na CPI mista da Petrobras, que volta a se reunir nesta terça-feira (2), às 14h30. Entre eles, estão pedidos do deputado Izalci (DF) para ouvir a contabilista que prestou serviços para Alberto Youssef, Meire Bonfim Poza, que em depoimento no Conselho de Ética da Câmara deixou mais claras as relações entre o doleiro e políticos aliados do governo federal.
O parlamentar tucano pediu também a convocação de João Procópio Junqueira após a Polícia Federal ter verificado mais de US$ 5 milhões bloqueados em contas no nome dele em Genebra, na Suíça. Junqueira é suspeito de ser laranja de Alberto Youssef no envio de quantias para a Europa.
Izalci também requereu a convocação dos citados em vídeo revelado pela revista Veja, que levanta suspeitas de uma combinação de depoimentos prestados pela presidente da empresa, Graça Foster, e o ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró, na CPI do Senado. Entre eles José Eduardo Barrocas, ex-chefe do gabinete da estatal em Brasília, que deixou o cargo e foi transferido para ser assistente de Foster na sede da estatal, no Rio de Janeiro.
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, também foi convocado para apurar quais motivos o levaram até uma das empresas de Youssef, a GFD investimentos, firma sem atividade comercial. A polícia federal suspeita que Vaccari tenha intermediado uma negociação entre as empresas do doleiro e o fundo de pensão da Petrobras, Petros. O pedido é do deputado Carlos Sampaio (SP).
Alberto Youssef está preso desde março. Ele é acusado de ser o comandante de um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. A Polícia Federal apura se o esquema envolvia diretores da Petrobras, como Paulo Roberto Costa, também preso.
Também há requerimentos de informações a cartórios no Rio de Janeiro sobre a situação dos imóveis doados por Graça Foster e Nestor Cerveró. As doações aconteceram depois da divulgação de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A solicitação partiu do deputado Rubens Bueno (PPS).
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou em 23 de julho relatório do ministro José Jorge determinando que o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli e 11 diretores e ex-diretores da estatal devolvam aos cofres da petrolífera US$ 580,4 milhões por prejuízos na compra de Pasadena.
Confira AQUI os requerimentos pendentes de votação na CPMI.