Início Notícias do PSDB “Crise de proporções industriais”, análise do ITV

“Crise de proporções industriais”, análise do ITV

industria-foto-ebc-300x225O fracasso amplo, geral e irrestrito do governo Dilma Rousseff acaba de ser atestado, mais uma vez, com os números desastrosos do desempenho da indústria nacional. A crise no setor é cada vez mais aguda, a despeito de inúmeras iniciativas – todas inteiramente mal sucedidas – empreendidas pela gestão do PT nos últimos anos.

Junho registrou mais uma queda (-0,3%) na produção industrial, a 16ª seguida. Com baixa de 6,3%, o primeiro semestre foi o pior desde 2009. Destaque para a retração de 20% na produção de bens de capitais – o que indica pouca disposição dos empresários em investir no aumento da capacidade de produção – e de 14,6% na fabricação de bens de consumo duráveis – que sugere que o dinheiro está curto no bolso dos consumidores.

Ambas sinalizam menor potencial de crescimento da economia; ambas demonstram falta de confiança na recuperação do país. A queda da atividade no semestre foi generalizada, atingindo 24 dos 26 setores pesquisados pelo IBGE e 70% dos produtos acompanhados. De janeiro até maio, 105 mil empregos foram eliminados no setor.

É o retrato pronto e acabado do fracasso das seguidas medidas que o governo petista tomou para incentivar o setor secundário da economia. Deram em nada, exceto em torrar dinheiro do contribuinte para atender alguns poucos amigos do rei e em criar distorções ainda maiores no mercado, que prejudicam a competição e penalizam o consumidor.

Nos quatro primeiros anos do governo Dilma, a indústria registrou duas altas anuais (0,4% em 2011 e 2,1% em 2013) e duas quedas (-2,3% em 2012 e -3,1% em 2014). Na soma, encolheu e produz hoje 10% menos do que produzia em 2008. O segmento de transformação, mais dinâmico e modernizador, equivale agora a cerca de 10% do PIB, ante quase 20% há duas décadas. E continua a diminuir.

A expressiva elevação dos custos, na esteira do aumento de impostos e da tarifa de energia, o arrocho dos juros, a incerteza no cenário político e econômico e a deterioração do mercado de trabalho não deixam dúvida: a indústria vai continuar na pior. “2015 será um dos piores anos da indústria brasileira, mais grave que a crise de 2009”, analisa o Iedi.

É caro produzir no Brasil, as condições de infraestrutura não ajudam, a burocracia enlouquece qualquer um e, com seu intervencionismo excessivo, o Estado dá um jeito de sufocar o resto de ímpeto que ainda possa existir nos investidores. Além disso, a produção nacional não se beneficia de acordos globais e perde o bonde da competitividade – crescente, o déficit na balança de manufaturados chegou a US$ 110 bilhões em 2014.

O comportamento da indústria ilustra o buraco sem fundo em que a economia brasileira se encontra, jogada pelo PT. O país vive uma recessão que começou, segundo critérios técnicos da FGV, no segundo trimestre de 2014 e tende a durar pelo menos até o fim deste ano. É o mais duradouro ciclo de baixa desde 1999 e a pior retração desde Fernando Collor. É, portanto, uma crise de proporções industriais.

Artigo anteriorInstabilidade do governo Dilma impede solução para crise econômica, avalia Aécio Neves
Próximo artigoSP participa da reunião ampliada do PSDB-Mulher em Brasília