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Cury rebate novos ataques de Lula às instituições

Condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disparou ataques às instituições e à Operação Lava Jato. As críticas foram feitas, em clima de campanha política, pois o petista ocupou o alto de um palanque durante um evento esvaziado na Avenida Paulista, em São Paulo, na noite desta quinta-feira (20).

As informações são do jornal O Globo.

A militantes e apoiadores do PT, Lula desafiou, novamente, os procuradores da Lava Jato para que encontrem provas de que recebeu propina de contratos públicos, apesar da fundamentada condenação pelo juiz Sergio Moro, e afirmou que seus adversários se valem dos processos judiciais em que o petista é implicado porque não conseguem derrotá-lo na política.

“Como não conseguem me derrotar na política, querem me derrotar com processo. Nenhum deles é mais honesto do que eu neste país. Se o Ministério Público e o juiz Moro tiverem uma prova de que eu desviei cinco centavos, apresentem, me desmoralizem e me prendam. Eu não sei se vou estar vivo para ser candidato, mas eles querem impedir que eu seja indicado pelos partidos de esquerda para ser candidato”, disse, ao lado de correligionários.

Para o deputado federal Eduardo Cury (PSDB-SP), a primeira condenação de Lula na Operação Lava Jato foi “um momento muito aguardado pela maioria dos brasileiros”.

O tucano lembrou ainda que outras condenações poderão vir em seguida, já que o ex-presidente também responde a uma ação penal que apura o recebimento de supostas vantagens indevidas que chegaram a R$ 75 milhões em contratos com a Petrobras, além de processos nas Operações Janus, desdobramento da Lava Jato, e Zelotes, que investiga a venda de medidas provisórias com incentivos fiscais a montadoras de veículos em 2009, época em que Lula ainda era presidente da República.

“É a primeira condenação de uma série, e com certeza isso vai tornar o Brasil um pouco mais justo. É importante comemorar, mas também refletir. Por que demorou tanto tempo para o presidente da República fazer o que fez e ser punido?”, questionou o parlamentar, em vídeo publicado nas redes sociais.

“Isso foi tolerado com a justificativa de que os fins justificam os meios”, respondeu o tucano. “’Como a minha ideologia de esquerda é necessário ser vencedora, vou fechar os olhos para a corrupção’. Deu no que deu. Mais do que punir, é necessário que nós não repitamos esse modelo de fazer política, para que no futuro não tenhamos que nos arrepender, e novamente termos que punir outros presidentes”, acrescentou Cury.

O tucano avaliou ainda que “as investigações e os julgamentos não devem parar”. “Todos os políticos, agentes públicos e outras pessoas envolvidas em corrupção precisam pagar por seus crimes”, completou.

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