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Daniel Alonso fala sobre propostas para Marília em entrevista

Confira abaixo a entrevista concedida pelo candidato tucano à Prefeitura de Marília, Daniel Alonso, à TV TEM. A íntegra você pode conferir AQUI

 

Evandro Cini: Candidato, o senhor é empresário, administra empresas mas diferentemente da administração pública o patrão tem autonomia para tomar decisões e na prefeitura já não é bem assim. Há burocracia, licitações, aprovação dos vereadores. Se o senhor vencer as eleições, está preparado para lidar com isso?
Daniel Alonso: Preparadíssimo, Evandro. O que nós queremos realmente é levar esta experiência da gestão empresarial e do empreendedorismo, da iniciativa privada justamente para o setor público. Este é o grande diferencial e esta é nossa grande proposta. O que nós percebemos é que os políticos não têm se mostrado bons gestores, haja vista do que vem acontecendo com o país hoje, com a crise política que desencadeou toda a crise econômica. Hoje a nossa principal proposta é levar para a prefeitura uma gestão técnica, uma gestão pautada realmente no planejamento, na metodologia de trabalho, tudo aquilo que nós aprendemos ao longo dos 35 anos que aplicamos nas nossas empresas.

Giuliano Tamura: Candidato, o senhor disse em questão de crise e a gente sabe que tem muito desemprego, das pessoas que perderam o emprego e perderam a possibilidade de pagar um plano de saúde. Resumindo, acaba indo para a saúde pública e a gente sabe que a saúde pública, como num todo, tem suas falhas. O que o senhor pretende fazer para resolver o problema de saúde de Marília?
Daniel Alonso: Giuliano, nós temos em Marília uma estrutura de saúde pública que precisa ser ampliada. Nós tivemos recentemente a inauguração de uma UPA que depois de muita pressão e principalmente cobrança do Ministério Público, ela foi entregue. Só que é uma obra que foi feita do governo passado, mas lamentavelmente nós tivemos próximo dessa UPA o fechamento de um PA, então nós não tivemos a ampliação da estrutura para que a população de Marília tenha humanizado para que a população de Marília consiga ser atendida de uma forma digna. Infelizmente nós temos hoje em Marília uma fila de mais de 35 mil pessoas a espera de um exame, a espera de uma consulta e a proposta pautada mais uma vez em gestão, nós vamos reorganizar toda a estrutura da saúde pública de Marília. Nós vamos informatizar. Hoje cada um tem seu sistema, o seu arquivo e nós vamos colocar isto dentro de um sistema único. Precisa de médico? Vamos contratar. Faltou remédio? Vamos comprar. Existe fila? Nós vamos acabar com estar filas através dos mutirões, mas não apenas em um mutirão eleitoreiro que é feito nos últimos dias próximos da próxima eleição. Nós vamos fazer isto de uma forma planejada passo a passo durante os quatro anos de mandato. É empenho, é dedicação, é acima de tudo um trabalho feito com gestão técnica porque eu acredito que o jeito que o prefeito atual e sua equipe estão fazendo hoje não funciona. Isto já está aprovado e nós temos que mudar este jeito de fazer gestão.

Evandro Cini: No seu plano de governo entra a questão de se reduzir o salário de funcionários comissionados que estaria muito acima do piso. Como o senhor pretende fazer isso?
Daniel Alonso: Nós temos três meses e nestes três meses nós vamos fazer o governo de transição. Neste momento nós vamos abrir a caixa preta da prefeitura porque nós temos uma dificuldade muito grande em extrair dados e números. O pouco que nós temos de informações nós conseguimos através da Matra. Eu preciso, antes de mais nada, antes de fazer um planejamento, conhecer os números porque o Portal da Transparência do município não é alimentado há anos. Aí nós vamos ter condições de avaliar o que nós vamos fazer principalmente com o servidor público e com as pessoas que prestaram concurso e que estão insatisfeitas, se sentindo desvalorizadas, desprestigiadas e abandonadas. Evidentemente eu sou absolutamente contra qualquer cargo que não seja concursado. Ou seja, estes cargos comissionados nós vamos acabar com eles.

Gabriela Cardoso: Candidato, eu vou tocar em um assunto que incomoda muito os moradores de Marília: os vazamentos de água. No seu plano de governo o senhor disse que tem de trocar o encanamento dos bairros onde o problema é mais grave. Mas de onde viria esta verba, já que é uma proposta ousada e uma obra muito cara?
Daniel Alonso: Note bem, não que a obra seja cara. Ela é divulgada como uma obra cara. Então para você ter uma ideia: o que é o Daem hoje? Mais uma vez, nós temos uma dificuldade muito grande com os números e nós precisamos abrir a caixa preta. Mas os números que eu tenho acesso que são de 2008 a 2012, no governo anterior, o Daem apresentava o superávit de 8 milhões por ano. Ou seja, nós temos recurso. Hoje, para nós terminarmos o tratamento do esgoto da cidade nós precisamos de 10 milhões. Para poder resolver a questão de falta de água que inclusive neste final de semana foi caótico, eu pessoalmente visitei a zona sul, conversei com moradores e é trágico um comerciante não poder lavar um copo. A dona de casa não tem água sequer para lavar roupa e é muito triste isso. Basta nós termos a construção imediata de quatro reservatórios grandes e de imediato nós resolvemos esta questão da água. Fazendo um circuito nos bairros, evidentemente nós precisamos perfurar mais poços e é claro que a questão de vazamento de água hoje é crônico, é sério e representa 40% de toda água que nós temos é desperdiçada e uma vez consertado isso nós vamos ter um aproveitamento de 40% a mais na produção da água. Agora em recurso, se o Daem dava o superávit de 8 milhões de recurso por ano e hoje eu só preciso de 12 milhões para poder fazer o término do tratamento do esgoto e para poder fazer os reservatórios eu só preciso de dois anos para poder fazer estas obras com recurso próprio. Eu não preciso vender o Daem, não preciso passar o Daem para a iniciativa privada porque ele é viável e tem resultado positivo. E é exatamente aí que nós vamos estar fazendo este planejamento com o próprio recurso que o Daem dá. Nós temos provas e, aliás, a prefeitura deve R$ 50 milhões para o Daem. Se a prefeitura repactuar este débito só com o que a prefeitura deve para o Daem nós temos recurso de sobra para poder fazer todas estas obras, tanto de troca de tubulação, como troca de reservatório ou os poços que forem necessários ser perfurados.

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