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DEPUTADO RENATO AMARY CRITICA POSIÇÃO DO BRASIL EM RELATÓRIO DO BANCO MUNDIAL

O deputado federal Renato Amary (PSDB-SP) criticou, nesta quarta-feira, 10, a posição do Brasil no relatório “Doing Business 2009” divulgado pelo Banco Mundial (Bird). Esse ranking mensura a facilidade para abrir empresas e fazer negócios nos países. Entre os 181 pesquisados, o Brasil passou de 126º no ano passado para 125º este ano, atrás de países como Nigéria (118º), Bangladesh (110º), Etiópia (116º) e Zâmbia (100º).

Mesmo dentro da América do Sul, o Brasil só ganha da Venezuela (174º), Bolívia (150º) e Equador (136º) em termos de dificuldades para fazer negócios. O país também ficou na lanterna entre os pertencentes ao chamado “Brics” (grupo de países emergentes, de crescimento rápido integrado por Brasil, Rússia, Índia e China).

FALTA DE INFRA-ESTRUTURA

O deputado acredita que o Brasil tem condições de melhorar essa posição. “O Brasil poderia estar em uma posição bem melhor, até porque as oportunidades de negócio no Brasil cresceram. O país precisa acompanhar o crescimento da economia em termos globalizados”, afirmou Amary.

Entre os países pertencentes ao Brics, o país ficou em último lúgar. A Índia desceu dois degraus – foi da 124º para a 122º colocação – enquanto a China subiu da 90º para a 83º. Já a Rússia caiu da 112º para a 120º colocação.

O parlamentar afirmou ainda que para o país melhorar a posição no Bric, será preciso resolver os problemas de infra-estrutura. “O Brasil tem problemas sérios de infra-estrutura. Precisamos de investimentos, planejamento estratégico e choque de gestão no país como um todo. Além do planejamento, existe uma carência de gestores públicos e investimentos para que se possa adequá-lo a uma situação privilegiada em termos estruturais”, apontou.

ABERTURA DE EMPRESAS

O Brasil continuou entre os países menos atraentes para se abrir uma empresa, figurando entre as nações onde existe mais burocracia, com os prazos mais extensos e com maior número de procedimentos. Na Nova Zelândia, por exemplo, é necessário apenas um dia para se abrir uma empresa, enquanto no Brasil são 152 dias.

Dentre as dez áreas analisadas, o Brasil melhorou em apenas uma – comércio exterior. O tempo médio que se leva para fazer uma exportação caiu de 18 para 14 dias. Esta diminuição no prazo é resultado da unificação das bases de dados de exportação e importação, criado pela Secretaria da Receita Federal, que agora passou a se chamar Siscomex Cargas, e ao aumento das exportações que passam sem inspeções. Ainda assim, o Brasil manteve o título inglório de país campeão em tempo gasto para pagar impostos – de tão complicado, uma empresa gasta em média 2.600 horas por ano (108 dias) para pagar todos os tributos. O segundo pior tempo é o de Camarões, com 1.400 horas.

Para Renato Amary, o excesso de burocracia é o principal fator que faz o Brasil estar em posição ter ruim. “Falta ao país infra-estrutura em todos os setores, no sentido de agilizar e dar uma condição melhor para aqueles que querem investir aqui, não só na área de abertura de empresas para a parte burocrática, mas na área de infra-estrutura. Nós ainda temos muitas dificuldades e a estrutura ainda é inadequada para o crescimento do país. Precisaremos trabalhar muito para darmos um salto neste ranking”, concluiu.

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