Em pronunciamento no Grande Expediente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Emanuel Fernandes (PSDB-SP) cobrou o fim do populismo do atual governo e falou dos valores que devem nortear os caminhos para que o Estado brasileiro se transforme em uma grande nação.
Em 25 minutos, Emanuel fez uma análise detalhada da situação atual do País e disse acreditar que é preciso se vislumbrar uma nova sociedade: empreendedora e com senso de oportunidades.
“Sonho com o dia em que as pessoas respeitem os mais pobres e não mais as agridam com o seu preconceito. Sonho com o dia em que os políticos não enganem o eleitor com sua tutela”, afirmou o parlamentar, vice-líder do PSDB na Câmara.
Emanuel iniciou o discurso agradecendo aos mais de 328 mil votos recebidos nas eleições de 2006 e convocou todos os brasileiros a compreenderem a “tarefa do nosso tempo”.
“O Brasil está chegando à idade da razão, tanto em termos de idade média da população, quanto em termos políticos. Como o PT e seus aliados experimentaram a dura realidade orçamentária (aprenderam aritmética), a dura realidade gerencial, a importância dos empreendedores para o desenvolvimento do Brasil, eles não poderão mais usar bravatas durante as campanhas eleitorais nem fazer uma oposição populista como fizeram no passado. O tempo é propício para uma nova agenda para o Brasil, uma agenda clara para que a população compartilhe conosco o diagnóstico e o prognóstico de nossos problemas”.
O deputado voltou a criticar em seu pronunciamento o caráter “provisório e acessório” do governo Lula.
“Não gosto dessa verdadeira praga que são os neologismos bolsa, mínimo, zero. Isso virou uma praga. É uma invencionice só. É a procura de um atalho de quem não quer fazer o dever de casa direito. Mas se tivéssemos que distribuir uma cesta mínima para as pessoas mais pobres, ela deveria necessariamente conter três itens que são inter-relacionados: o pão, a educação e o espírito empreendedor. É o que fazemos com os nossos filhos. Amamos os nossos filhos, procuramos o que há de melhor para eles. Para fazer programas de inclusão social é só repetir o que fazemos com os nossos filhos e parar de inventar coisas. Inventamos coisas para ter um programa e ir para o céu. É preciso querer, de coração, fazer com que as pessoas cresçam. Sonho com o dia em que todos percebam que inclusão é educação, conhecimento, sabedoria, e seu parceiro umbilical, a motivação, a vontade, o protagonismo. Mente e coração”, afirmou Emanuel.
O discurso em plenário foi elogiado por parlamentares e outras lideranças políticas, além de espectadores que assistiram ao pronunciamento pela TV Câmara. “Caro Deputado. Embora não sendo seu eleitor, assisti a seu discurso desta data pelo qual o parabenizo como cidadão e do qual apreciaria receber uma cópia”, escreveu Sergio Luiz André Bambino, do Rio de Janeiro.