O movimento suprapartidário pelo impeachment da presidente Dilma, lançado na última quinta-feira (10) no Congresso, vem ganhando cada vez mais apoio popular. Até o final da tarde de sexta-feira (11), mais de 477 mil pessoas já haviam assinado a petição virtual. Por meio das redes sociais, a bancada do PSDB na Câmara vem incentivando a adesão dos cidadãos a uma causa fundamental para o futuro do país.
O 1º vice-líder do partido na Câmara, Nilson Leitão (MT), destacou que o momento é histórico para democracia brasileira, pois o parlamento ecoa a vontade e insatisfação da maioria dos brasileiros. “Os partidos de oposição buscam acelerar esse processo, já que a presidente Dilma não tem a humildade de renunciar e reconhecer que a fase ruim que vivemos hoje foi ela quem criou. Ela escolheu o PT, e não o povo brasileiro. Por isso estamos padecendo”, disse.
Segundo Alfredo Kaefer (PR), a presidente teve todas as oportunidades de atingir seus objetivos, mas o preço dos erros está recaindo sobre a população. “A nação está hoje decadente, a economia em frangalhos, inflação crescente, o desemprego crescendo”, enumerou. De acordo com o congressista, é preciso haver mudanças para que o Brasil continue a sobreviver e retome seu progresso.
Durante o evento que contou com o apoio de deputados de diferentes siglas, inclusive da base do governo, Raimundo Gomes de Matos (CE) apontou que o ato é contra a corrupção e o desgoverno do PT. “Não se trata de golpe, mas sim de um grupo suprapartidário que não aguenta mais ver o país seguir um caminho sem recuperação. Estamos perdendo anos de progresso. É preciso mudar já!”, alertou.
Para Alexandre Baldy (GO), a solução para resgatar o país diante da prática de tantos crimes de responsabilidade é a saída da presidente. “O país está se afundando”, resumiu. De acordo com o deputado Eduardo Cury (SP), é preciso interromper o grande esquema de corrupção implantado pelos petistas nos últimos 12 anos.
cardPresente no lançamento do movimento, João Gualberto (BA) destacou que o ato parte de um impulso e do clamor dos cidadãos que defendem o afastamento da petista. Segundo o parlamentar, como Dilma resiste a sair e assumir que não sabe governar, a solução para o Brasil é o impeachment dela. “O brasileiro não aguenta mais essa crise. O povo vem sofrendo com o desemprego, recessão, aumento de impostos, inflação, dentre tantos outros problemas. Vamos mostrar que não aceitamos mais!”
Por sua vez, Samuel Moreira (SP) lamentou a situação em que a presidente colocou o país. De acordo com o parlamentar, o cenário pode se agravar se a petista não sair do governo. “O Brasil vive uma situação gravíssima. A presidente Dilma praticamente não governa mais, e as consequências para os cidadãos são dramáticas”. Segundo o tucano, a crise econômica se aprofunda sem perspectiva de melhoria. “E as evidências de corrupção, de uso de dinheiro sujo na eleição e de crimes contra as finanças públicas se avolumam”, avalia.
“Vamos mostrar que não aceitamos mais”, disse Marco Tebaldi (SC). Conforme apontou, seu compromisso é com o país. Para ele, esse ato tem como principal característica a luta de parlamentares de diversos partidos que estão cansados da mentira que é o governo do PT. E defender a saída de Dilma, afirma, é defender e concretizar sua obrigação com os brasileiros.
O movimento colocou no ar, pouco antes do ato de lançamento, o site (www.proimpeachment.com.br), no qual estão sendo coletadas assinaturas em defesa da saída de Dilma do Planalto. Na página, são apontadas várias razões que dão base à saída da presidente.