Em junho, a presidente da República segue desagradando e decepcionado milhões de brasileiros, conforme pesquisas de opinião que confirmam diagnósticos apontados por sucessivos levantamentos divulgados nos últimos meses. Como destaca este capítulo da “Cronologia da má gestão de Dilma”, o governo petista levou nota vermelha em simplesmente todas as áreas avaliadas pelo Ibope – como saúde, educação e segurança pública. No que diz respeito à economia, o país chega ao 20º aniversário do Plano Real não somente com o fantasma da inflação à solta, mas também com juros nas alturas e perspectiva de novo PIBinho. No mês recém-encerrado também vieram à tona mais denúncias envolvendo a Petrobras, uma das principais vítimas dos malfeitos petistas. Confira os principais fatos que marcaram junho:
Nota vermelha generalizada: pesquisas de opinião divulgadas em junho confirmam o diagnóstico apontado em meses anteriores: a atuação de Dilma à frente do governo federal é reprovada por milhões de brasileiros de Norte a Sul do país. Levantamento CNI/Ibope, por exemplo, aponta que 50% dos entrevistados desaprovam a maneira de governar da presidente – a pior marca desde o início do mandato – e apenas 31% consideram a atual gestão ótima ou boa. Na avaliação por setores, os resultados também são um desastre para a atual gestão, que é reprovada em todas as áreas, a começar pela saúde (78% de insatisfação). Segmentos fundamentais para vida da população também receberam avaliação negativa, como segurança pública (75%) e combate à inflação (71%).
Descrença com rumos da economia: o pessimismo dos brasileiros em relação ao futuro da economia alcançou índice recorde na pesquisa Datafolha. Para 64%, a inflação vai aumentar nos próximos meses, enquanto 48% acreditam em alta nos índices de desemprego. Só 26% apostam na melhora do cenário econômico. O próprio governo traça um cenário sombrio na economia: relatório do Banco Central divulgado no final de junho BC confirma mais um ano de PIBinho, com crescimento para 1,6% em 2014 – número mais otimista que o do mercado. A autoridade monetária também admitiu o estouro da meta de inflação para este ano, que em setembro deve passar dos 6,5%. A fraqueza da economia se reflete nos mais diversos setores, como na indústria, que amarga quadro de estagnação.
Petrobras: Abreu e Lima vira ícone da incompetência: a polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, está longe de ser o único exemplo de incompetência e de má gestão dos petistas à frente da Petrobras. Em junho vieram à tona mais informações sobre a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, uma das mais caras da indústria de petróleo. Como revelou “O Globo”, cada um dos 230 mil barris de óleo refinados vai custar no mínimo US$ 87 mil, acima do dobro da média internacional. Quando a construção da unidade foi anunciada, a previsão de gastos era de US$ 2,3 bilhões. No entanto, o valor já saltou para US$ 20,1 bilhões. De acordo como o jornal, uma sucessão de erros, contratos superfaturados e corrupção explicam a escalada de cifras. Abreu e Lima é um dos alvos de investigação da CPMI da Petrobras e do TCU.
“Conta de padeiro” define orçamento de refinaria: em junho, o PSDB protocolou representação na Procuradoria-Geral da para que sejam investigadas prováveis práticas de fraude contra acionistas minoritários da Petrobras e de improbidade administrativa por parte de diretores e ex-diretores, presidente e ex-presidente da estatal brasileira. A representação baseia-se em declaração do ex-diretor Paulo Roberto Costa de que a Petrobras decidiu construir a refinaria Abreu e Lima sem ter um projeto definido e fazendo uma “conta de padeiro”.
Empregos em baixa: no último dia 24 o Ministério do Trabalho divulgou mais um dado preocupante: o Brasil criou apenas 58 mil empregos com carteira assinada no mês de maio, o que representa uma queda de 18,3% frente ao mesmo mês do ano passado. Este foi o pior resultado para meses de maio desde 1992, ano em que o ministério do Trabalho começou a divulgar dados do tipo. Nem a realização da Copa no Brasil conseguiu salvar o mês.
Manipulação de números no combate à pobreza: a presidente da República utilizou rede nacional de TV e rádio para iludir os brasileiros com dados distorcidos sobre a pobreza e miséria no país. Em sua fala, afirmou que 36 milhões deixaram a extrema pobreza em uma década. Conforme apurou o jornal “Folha de S.Paulo”, Dilma inflou as estatísticas, pois estudo do Ipea aponta que, de 2002 a 2012, o número de miseráveis (ou extremamente pobres) caiu de 14,9 milhões para 6,5 milhões. A redução, portanto, foi de 8,4 milhões. Maquiar números é uma especialidade da atual gestão, que ficou conhecida pela contabilidade criativa com os números da economia.
Agentes de saúde prejudicados: deputados do PSDB criticaram os vetos de Dilma à proposta que fixa o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias em R$ 1.014 e determina uma jornada de 40 horas semanais. A petista foi injusta com os mais de 300 mil profissionais ao barrar a previsão de reajuste anual – deixando a categoria sem qualquer garantia de que as perdas da inflação crescente sejam corrigidas pelo governo. Para sanar essa falha, o líder tucano na Câmara, Antonio Imbassahy, apresentou um projeto estabelecendo como parâmetro de reajuste o mesmo critério usado para corrigir o salário mínimo.
(In)segurança pública: a oposição promoveu um ato a poucos metros do Palácio do Planalto para denunciar à sociedade a completa omissão do governo petista na segurança pública. Ao longo dos últimos 12 anos, cerca de 600 mil cidadãos perderam a vida em assassinatos ocorridos em todo o país. Para simbolizar a triste estatística, foram colocadas 600 cruzes vermelhas na Praça dos Três Poderes. Os vários números levantados pelos parlamentares mostram como a inação é decisiva para provocar um verdadeiro banho de sangue de Norte a Sul do país. Apenas em 2012, cerca de 56 mil assassinatos aconteceram no Brasil. O descaso da gestão petista é expresso nos números: nos últimos três anos só 1/3 do orçamento federal para a segurança pública foi aplicado.
Inércia na disputa por terras: o governo federal assiste passivamente ao acirramento de conflitos por terras entre indígenas e produtores rurais. A crítica foi feita por tucanos durante audiência na Câmara como os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República). O líder da Minoria na Câmara, Domingos Sávio (MG), acusou a Funai de incentivar os índios a invadirem terras particulares com base em laudos fraudulentos elaborados por antropólogos contratados pela instituição.
Do Portal do PSDB na Câmara