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Dilma é refém de Levy, afirma Aloysio

aloysio-nunes-foto-gerdan-wesleyEm discurso na tribuna do Senado nesta segunda-feira (02), o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que a presidente Dilma é “refém” do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e que este atua como uma espécie de primeiro ministro do governo, já que responde aos questionamentos sobre política econômica e vai a foros internacionais.

O senador pelo PSDB de São Paulo disse que, se fosse presidente da República, depois da declaração polêmica sobre ser uma “brincadeira” a desoneração de setores feita pela presidente Dilma, demitiria o ministro. Porém, Dilma não pode fazer isso.

O tucano disse ainda que o chefe do ministério da Fazenda age “sem que haja o respaldo explícito da Presidente da República”. Mas que, por outro lado, ele é a última esperança de manter a imagem do Brasil frente aos credores. “Se tira o ministro Levy, imediatamente vem o rebaixamento dos títulos da dívida pública”.

Aloysio afirmou ainda que não há como comprimir gastos se o governo decidiu manter os 39 ministérios. Portanto, a única possibilidade de fazer caixa é reduzir os tributos e cortar os investimentos. O tucano criticou essa postura. “Qual é o custo de uma política fiscal que além de recessiva, pelo seu lado monetário, pela política monetária do governo, está levando o Brasil a uma perda líquida de condições, de investimento que não sei quando se poderá recuperar?”

Aloysio também alertou para os riscos de se realizar uma política desse tipo num período de inflação alta, e com a produção parada. E que é mais uma evidência de que o slogan da campanha petista “governo novo, ideias novas” nada apresenta de inovador.

“Estamos diante da constatação do fracasso redondo da política econômica do 1º governo da presidente Dilma. Ela não teve a coragem, nem discernimento de conceber um caminho novo”.

O pior, na opinião do senador, é que Dilma foi quem trouxe essa situação para o país. “Ela criou tamanho buraco, tamanhas dificuldades para si mesma, que hoje em dia ela está condenada a se desdizer. Um governo perdido, um governo sem rumo, que equivale a um ‘não governo’”, finalizou.

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