Entrevista de Dilma ao JN
Feita no Palácio da Alvorada, seu habitat natural. Por que esse privilégio, não se sabe. Ela conteve sua natureza agressiva, diante das questões cabeludas colocadas pelos entrevistadores, mas deu pra perceber que não era natural, era uma postura estudada, treinada. De fato, estava à beira de um ataque de nervos. Fez exatamente o que o Maluf sempre fez: deu respostas que não tinham nada a ver com a pergunta. E diante da interrupção do entrevistador, já que estendia a resposta para evitar as perguntas, ela se fez de boba e disse : “então continuando o que eu estava dizendo” e lá continuou seu palavrório. Fez o discurso que queria, de forma desconexa, sem levar em conta o que se perguntava. Irritada, não conseguiu impedir que sua verdadeira natureza – a arrogância – se revelasse. Em seguida à entrevista, imagino que soltando os impropérios que os que a conhecem comentam, ela cancelou sua participação em entrevista na Globo News.
Na questão da Saúde a entrevistadora contestava a eficiência do governo em face dos 12 anos de governo petista. Dilma enrolou. Pra ela a situação da saúde no país é razoável. E a entrevistadora repetia, “mas depois de 12 anos, presidente”, mas ela estava olímpica não dava atenção para a jornalista.
Diante da corrupção no seu período de governo, não soube explicar nada, nem o fato de nunca ter criticado seus companheiros – que foram tratados pelos petistas como vítimas – e aliados pelos crimes cometidos.
Acho que as pessoas perceberam a sua personalidade e sua fuga das questões colocadas. Não acho que se saiu bem.
Pesquisa Datafolha
Criou enorme “frisson” na mídia escrita. Porém, nada de novo e nenhuma surpresa. Marina candidata tem o que sempre teve. Até um pouco menos do que já teve nas pesquisas do primeiro semestre. Ela tem “recall” e oferece uma alternativa aos desiludidos, os contra os políticos, como se ela não fosse um deles.
Dilma e Aécio ficaram na mesma. É possível que, não houvesse a morte de Eduardo Campos, os dois teriam subido. Perderam um pouco para a Marina.
A única coisa que ficou certa, transparente, para os que não queriam ver, é que haverá segundo turno. Agora é a hora da verdade. É a voz do povo soberano.