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Dilma “fez o diabo” realmente, diz líder

IMG_0859O Líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), comentou o PLN 36, conhecido como “Lei do Calote”, o trabalho no Congresso Nacional e o papel da oposição.

“Estamos muito otimistas. Com essa tarefa que nos foi dada por 51 milhões de brasileiros de fiscalizar esse governo, nós teremos um 2015 muito compatível com as expectativas da nação”, diz. Confira a entrevista completa:

Deputado, ontem foi votado o PLN 36, que trata de um verdadeiro calote que a presidente Dilma está dando no Brasil. Como o senhor vê o resultado dessa votação e qual é o papel da oposição daqui para frente?

Esta é mais uma iniciativa deplorável da presidente Dilma. É um péssimo exemplo de quem deveria dar um bom exemplo para os brasileiros. Ela, durante o ano eleitoral de 2014, disse no estado da Paraíba que nas eleições “se faz o diabo” e ela fez o diabo realmente.

Ela torrou mais de R$ 100 milhões do contribuinte brasileiro e agora quer uma anistia. É muito grave. Ela não cumpriu a lei orçamentária, cometeu crime de responsabilidade e pede ao Congresso Nacional que a anistie das penalizações. Então o que cabe ao Congresso Nacional, à Câmara dos Deputados e ao PSDB é resistir a tudo isso. Porque o brasileiro não aceita esse tipo de conduta de uma governante que tem trazido péssimos exemplos para todos nós.

O que é mais grave ainda é que a presidente fez um decreto em que disponibilizou R$ 748 mil para cada parlamentar – deputado e senador. É mais que uma chantagem, é quase um suborno. É oferecer um dinheiro do povo brasileiro para práticas equivocadas, senão até criminosas. Tudo isso traz uma repulsa muito grande. O que nós estamos fazendo é cumprir com a nossa obrigação. A bancada do PSDB resistiu até a última hora e continuará resistindo. E se esse projeto vier a ser aprovado definitivamente, o nosso presidente nacional, senador Aécio Neves, já anunciou que irá entrar com ação de inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal.

O Congresso Nacional tem duas CPIs em andamento para investigar o escândalo da Petrobras. Na verdade elas estão praticamente paradas. Há alguma expectativa de que em 2015 o PSDB consiga reverter isso e que de fato haja investigação do escândalo que está acontecendo?

Na verdade existiu uma CPI no Senado que era chapa branca, todos sabiam que aquela era uma ação que vinha inspirada pelo Palácio do Planalto. Depois conseguimos fazer uma CPMI, uma comissão mista com representantes do Senado e da Câmara, e com muita dificuldade a gente foi empurrando e fazendo funcionar. Mas a mão pesada da Presidente Dilma impedindo, obstruindo a investigação, praticamente obstruindo a Justiça, trouxe muita dificuldade.

Com o surgimento da Operação lava Jato e com a autonomia da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da própria Justiça Federal esses desmandos todos começaram a vir à tona.

O fato é o seguinte: quando o mensalão foi extinto, o PT identificou a Petrobras como um local onde haveria uma fonte inesgotável de dinheiro e também, supostamente, inexpugnável a qualquer tipo de investigação. Então eles se instalaram na Petrobras e a gente está vendo aí o Petrolão, que é a sequência do mensalão, mas ampliado. O Mensalão  foi iniciado no governo Lula. O Petrolão também começou no governo Lula e foi ampliado no governo da presidente Dilma.

Estamos investigando, lutando bastante e esperando que as pessoas que fizeram tanto mal aos brasileiros, saqueando, pilhando a Petrobras, possam ser identificadas e penalizadas adequadamente.

Quais as expectativas do senhor para 2015 com a formação das novas bancadas,  mas a mesma presidente e o mesmo governo?

A bancada do PSDB é uma bancada especial. Tivemos uma sorte muito grande nos últimos quatro anos com a escolha dos nossos líderes. Primeiro, o deputado Duarte Nogueira, que é um deputado com qualidades excepcionais e que orgulha não apenas São Paulo, mas a todo o Congresso Nacional e aos brasileiros.  Ele instalou dentro do ambiente da bancada uma relação de cordialidade, de respeito e de elevada ação na direção do espírito público. Depois tivemos o deputado Bruno Araújo, com qualidades também extraordinárias, e, em seguida, o deputado Carlos Sampaio, também de São Paulo, com qualidades fantásticas. Tudo isso fez com que conseguíssemos, ao longo deste período, estabelecer uma relação bem articulada e um trabalho à altura do principal partido de oposição do país. E agora, com essas eleições, a gente percebe que houve mais do que uma renovação porque nós ampliamos também o número de parlamentares. Serão 54 deputados nesta bancada. E São Paulo sempre numa posição de elevada influência não apenas pelo estado, pela economia e por tudo que São Paulo representa para o Brasil, mas pela qualidade de seus representantes. Estamos muito otimistas. Com essa tarefa que nos foi dada por 51 milhões de brasileiros de fiscalizar esse governo, nós teremos um 2015 muito compatível com as expectativas da nação.

 

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