Em entrevista logo após anunciar, neste domingo (12/10), seu apoio ao candidato da Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou que a verdadeira mudança não significa apenas trocar partidos ou governantes, mas honrar os compromissos assumidos com a população brasileira.
“A presidente Dilma, que assinou compromissos inclusive com o Código Florestal, não cumpriu esses compromissos assumidos nos últimos quatro anos. Tivemos um imenso retrocesso na agenda ambiental, socioambiental do Brasil e na questão indígena, só para citar alguns, sem falar na reforma econômica, reforma agrária e tantos outros aspectos que são de conhecimento público”, apontou ela.
Marina Silva acrescentou: “A presidente Dilma teve a chance, durante quatro anos, de encaminhar as propostas com as quais ela se comprometeu. Nesse segundo turno, nós programaticamente as entregamos ao candidato [Aécio], que fez a sinalização e foi identificado com a mudança”.
Em seguida, a ex-senadora afirmou: “A mudança não é simplesmente, no meu entendimento, para tirar um partido e botar outro, uma pessoa e botar outra. A sociedade brasileira sinaliza que quer cada vez mais uma mudança de qualidade, manter as conquistas, aperfeiçoá-las, corrigir os erros, encarar novos desafios”.
Para Marina Silva, há um acordo com esse compromisso assumido, que ela e Aécio estão “inteiramente coerentes com essa renovação da política”.
‘Velhos rumos’
Vice na chapa de Marina Silva, Beto Albuquerque destacou que seu partido, o PSB, está ao lado de Aécio por almejar uma mudança consistente e por não compactuar com os “velhos rumos e acordos” tomados pela gestão PT.
“Se o PSB quisesse apoiar a Dilma Rousseff, não precisava ter saído do governo de dois anos atrás. Não precisava ter perdido Eduardo Campos a trabalho dessa mudança. Poderíamos estar hoje confortavelmente dentro do governo. Quando tomamos a decisão de sair e ter candidatura própria, já dissemos o que pensávamos sobre esse governo. Saímos porque não concordamos com os rumos, os velhos acordos, com a ineficácia, com o descontrole fiscal que está acontecendo no país”, avaliou.