Início Artigos Dilma, Neca Setubal e Giannotti

Dilma, Neca Setubal e Giannotti

O que sustenta a Dilma?

Com índice de rejeição que ultrapassa 40% e de aprovação e intenção de voto que se aproxima de 40%, a pergunta que se faz é o que ainda sustenta a Dilma? Qual o contingente de pessoas que a apoiam e estão dispostas a lhe conceder mais 4 anos?

O maior grupo de pessoas nessa condição é a parcela da população que depende dos programas sociais do governo federal, ações de assistencialismo já legalmente inscritos como um direito que independe dos detentores do poder. O povo mais simples não sabe, e o governo faz questão que não saiba, fazendo acreditar que o que recebe não é uma benesse, é a lei que lhe garante. Além do que sua condição de dependência se relaciona com o temor que lhe é infundido de que aquele direito pode ser extinto. Milhões passam assim a reverenciar os que se dizem seus protetores responsáveis por sua sobrevivência. Esses passam a fazer, na atualidade, o papel dos coronéis e senhores de escravos do passado. Dilma tem expressado, sem disfarces, essa posição. Triste para quem a imaginava, e ao seu partido, uma corrente para acabar com essa terrível chaga da sociedade brasileira.

Outro grupo, menos visível e quantitativamente menor, mas não menos importante, é o de setores da classe média, inclusive intelectualizada, que foram durante anos submetidos a uma verdadeira lavagem cerebral, um envenenamento contínuo, e exitoso, que transformava qualquer ideia reformadora e modernizadora em perigosa ação de inimigos dos interesses nacionais e populares. Ainda que muitos tenham se dado conta do engodo, muitos outros, em geral jovens desinformados, e alguns mais idosos que se aferram a dogmas do passado, permanecem impenetráveis às realidades que se apresentam.

Neca Setubal: o PT não perdoa. Os fins justificam os meios.

O PT não perdoa, nem tem piedade. Pegaram a Neca Setubal, herdeira da família Setubal, proprietária de parte das ações do Banco Itaú, e transformaram-na em militante de uma causa: transformar o Banco Central em instrumento dos bancos privados. Ser uma socióloga e educadora respeitada, dedicada a ações para melhorar a sociedade em que vive, sem nunca ter participado da direção do banco, não tem qualquer importância para Dilma e o PT. Muito menos os bancos terem tido durante os governos do PT os maiores lucros da história. O importante era abalar a adversária Marina Silva e, se para isso, é preciso destruir alguma pessoa, sem dó nem piedade, que seja feito. Como eles dizem, é o efeito colateral. Destruir alguém para manter o poder, vale. Os fins justificam os meios.

Giannotti falou

Citado pelo jornal Estadão como uma das principais referências teóricas do PSDB (?), do alto de seu saber e vaidade, Giannotti decretou que Aécio está fora do segundo turno da eleição. Como ele é amigo do Fernando Henrique, passa a ter voz, que nunca usou dentro do partido. Provavelmente nem filiado é. Certamente nunca pôs a mão na massa, nem colocou um tijolo em pé, nem pisou no barro. E já entregou a rapadura. Se estiver certo, vai sair de bacana. Inteligente. Gênio. Se não, acontece, né?…

Amigos assim, eu dispenso.

Artigo anterior“A onda da razão”, análise do ITV
Próximo artigoPrograma Geraldo Alckmin Governador 45