O candidato Fernando Haddad não falava a verdade quando dizia em várias entrevistas que a cidade de São Paulo nunca pediu o dinheiro que o governo federal disponibilizou para a construção de creches na cidade. Mais uma prova está no ofício número 466, de 6 de julho de 2011, que o Ministério da Educação de Haddad enviou ao então secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, confirmando ter recebido o plano de obras e a lista de 141 terrenos disponíveis para a construção de creches com dinheiro do MEC.
O ofício do ministério, assinado pelo chefe de Gabinete Adjunto Ângelo Vinícius Roda, acusa o recebimento do documento protocolado no gabinete do ministro Haddad, em Brasília, “que trata do extrato do plano de obras de construção de creches do Município de São Paulo”. O documento da Prefeitura paulistana havia sido enviado no mês anterior. Até agora, o candidato do PT dizia que a Prefeitura nunca tinha requerido a ajuda federal e alegava falta de terrenos. Os documentos provam que nem uma coisa nem outra são verdadeiras.
O chefe de Gabinete Adjunto diz ainda (ao confirmar ter recebido o documento que o ministro Haddad dizia jamais ter recebido) que “o assunto foi encaminhado, nesta data ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, autarquia do Ministério da Educação, por tratar-se de assunto afeto àquele órgão.” O funcionário informa, portanto, que o assunto foi recebido e seria deliberado pelo órgão ligado ao MEC. Mas nunca mais o Ministério e o FNDE se manifestaram. Eles sumiram. Quando começou a campanha eleitoral, Haddad começou repetir a versão falsa.
Os documentos confirmam os esforços da Prefeitura no sentido de trabalhar em parceria com o governo federal, oferecendo as condições para que creches fossem abertas com dinheiro federal na maior metrópole brasileira.
Os documentos desfazem ainda a versão do ex-ministro de que a Prefeitura também teria deixado de “preencher um formulário” para a construção das creches. Prova do contrário, em 29 de junho de 2011, por meio do ofício nº 1058, o então secretário Schneider explica a Haddad que no “tocante ao Plano de Ações Articuladas – PAR”, a secretaria submeteu o “diagnóstico na versão anterior, sem que fosse permitida a inclusão das demandas deste município, em razão dos critérios definidos para o instrumento”. Como se vê, o município queria a parceria mas o sistema do MEC impedia.
Das 6 mil creches que Haddad prometeu criar, só 5% foram feitas. Haddad culpa as prefeituras de todo o país. Não é por mal, ele não está preparado.
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