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Dólar nas alturas: país paga o preço de condução desordenada da economia, diz Thame

O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) avalia a escalada do dólar como um reflexo dá má condução da economia brasileira nos últimos anos. A moeda americana chegou a ser cotada a R$ 2,42 nesta segunda-feira (19). Para o tucano, as consequências das intervenções desordenadas do governo Dilma devem produzir consequências sérias, sobretudo para os consumidores.

“O governo interveio na economia de uma forma brutal e desordenada: tabelando preços, dólar, subsídios e tributação. Essas intervenções erráticas só contribuem para um desarranjo futuro”, alerta. A alta do dólar, com fôlego para continuar, tem sido fator de preocupação.

“O dólar deveria ter sido ajustado lá atrás, mas não foi. Mantiveram-no artificialmente em baixa e agora que há fatores externos induzindo a uma fortalecimento da moeda, o Brasil paga esse preço de forma desordenada”, explica Mendes Thame.

Além do dólar, a inflação causa preocupação. Ainda assim o governo insiste, como voltou a fazer ontem a presidente Dilma, em dizer que está tudo sob controle. O Instituto Teotônio Vilela (ITV) faz um importante alerta nesta terça-feira (20): “a inflação só não foi totalmente para o espaço até agora porque o governo está garroteando os preços administrados, como combustíveis e eletricidade”.

O ITV ressalta que, na média, esses preços só subiram 1,3% nos últimos 12 meses, na menor variação desde a criação do regime de metas, em 1999. Em contrapartida, os preços livres sobem 7,9%. “Esta é, pois, a verdadeira inflação que os brasileiros experimentam no seu dia a dia. E com o dólar mais alto, vai doer mais ainda”, diz trecho da carta de mobilização política.

A combinação de dólar em alta e inflação galopante vai doer no bolso do consumidor. Mendes Thame cita o exemplo do trigo, que até o final de julho havia subido cerca de 25%. Com isso, o quilo do pão francês teve alta de 6%, no período, índice acima da inflação.

Para o deputado, o endividamento das famílias complica ainda mais a situação. “O mal maior é o enfoque equivocado que o governo deu lá atrás ao optar pelo aumento do consumo para estimular a economia, mas sem aumento da renda presente, simplesmente estimulando o endividamento”, ressalta.

Na avaliação do parlamentar, outro equívoco do Planalto é manter o crescimento dos gastos correntes. “A cada projeto do Executivo que chega à Câmara ficamos assustados porque sabemos que significa mais cargos, mais contratações e gastos de custeio. Isso tudo reflete em uma dificuldade de produção e competitividade que dificulta a produção brasileira”.

O deputado avalia que questões como essas precisam ser revistas o quanto antes. A diminuição dos gastos correntes é um caminho que, se adotado, ajudará a corrigir outros problemas da economia.

Do Portal do PSDB na Câmara

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