Brasília (DF) – O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (15) que o dinheiro arrecadado com o plano de desestatização proposto por ele deverá ser obrigatoriamente utilizado em novas obras. O projeto, que deve ser enviado em março para a Câmara Municipal, prevê que os recursos obtidos com as concessões e privatizações não serão alocados no caixa comum da prefeitura para evitar que sejam utilizados no custeio da máquina. O objetivo é que o dinheiro vá para um fundo investimentos que viabilize projetos nas cinco áreas consideradas pelo prefeito como estratégicas: saúde, educação, mobilidade urbana, moradia e segurança.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo desta quinta (16), com a medida, o tucano pretende poder dizer, ao final do processo, exatamente o que foi feito com a verba arrecadada. O plano de desestatização listou 55 tópicos, entre os quais o autódromo de Interlagos, o estádio do Pacaembu e o Anhembi.
A equipe de Doria estuda a possibilidade de mandar um documento que cite três ou quatro projetos, mas contenha uma autorização genérica para outras privatizações, que poderiam ser feitas posteriormente a partir de um decreto do prefeito.
Destes 55 tópicos listados pela prefeitura como “desestatizáveis”, há 12 considerados prioritários em razão do interesse que desperta no mercado e do bom potencial financeiro para a prefeitura. Do total, três são chamados internamente de “joias da coroa”: o Bilhete Único, os terminais de ônibus e o serviço funerário.
Bilhete Único
Ao repassar a gestão do Bilhete Único para a iniciativa privada, a prefeitura avalia que conseguirá economizar R$ 456 milhões no gerenciamento anual do serviço. A expectativa é a de que bancos ou empresas do mercado financeiro passem a administrar o bilhete, dando-lhe outras funções, como cartão de débito e vale-refeição.
Doria exaltou a proposta, que, segundo ele, tem um “valor inestimável”. “O banco de dados tem um atrativo muito grande para qualquer instituição financeira, seguradora, rede de varejo. É valiosíssimo”, disse Doria, que foi alvo de questionamentos devido à venda de dados pessoais dos usuários.
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