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É preciso conhecer o passado para transformar o futuro

Marco Vinholi

 

“O PSDB nasceu de uma semente que visa, antes de tudo, ver ao longe e construir um caminho para esse país” – Fernando Henrique Cardoso

O mês de junho, ainda que por acaso, é de celebração no PSDB. Em 2021, a alegria pelos 90 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, celebrado dia 18, soma-se aos 33 anos do partido, fundado em 25 de junho de 1988. A história de ambos, partido e líder, em alguns momentos se fundem e contam, juntas, um pouco da história recente do Brasil e dos valores do PSDB.

Da luta pela redemocratização às transformações nacionais pautadas pelo manifesto de fundação do partido e postas em prática nos dois governos de FHC, o PSDB foi protagonista, ao lado do povo brasileiro, de mudanças que permitiram ao Brasil equilibrar suas contas e retomar a relevância internacional e permitiu ao seu povo uma maior inclusão social e econômica.

No plano nacional, o Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, as reformas estruturantes, as privatizações da telefonia, os programas de transferência de renda, a inclusão educacional, a organização do sistema de saúde, entre outros, são ações efetivas colocadas em prática pela gestão tucana de FHC e que possibilitaram ao Brasil sonhar com um país mais justo e mais igualitário.

As mudanças implementadas naquele período, no entanto, estão sendo, há mais de uma década, abaladas pela má gestão e pelo oportunismo eleitoral. Aos 10 anos de (des)governos petistas somam-se os quase três de Jair Bolsonaro, cuja ineficiência, despreparo e desinteresse pelos problemas nacionais trouxeram de volta o fantasma inflacionário, o desemprego e assolaram o país pela dor da perda de mais de 500 mil vidas de brasileiros até o momento devido à Covid-19.

As crises têm se sobreposto, nos trazendo a sensação de ocupar lugar em uma máquina do tempo que só regride, chegando ao absurdo de nos assombrar com medidas antidemocráticas e sucessivas ameaças de golpe.

Por isso, mais que nunca, é preciso conhecer o passado e manter os olhos no futuro. Do passado, carregamos experiência e valores, mas é pensando no amanhã que estamos nos preparando internamente para oferecer ao Brasil, novamente, o direito a ter esperança.

Esperança que se dá através de um processo de renovação, com o surgimento de João Doria e de um time de jovens que urge na gestão pública. Impossível falar de 2021, sem lembrar a perda do maior expoente desses jovens, Bruno Covas, que deixa acesa essa chama da esperança em todo o partido. Chama que fica também com os que chegam, como o vice-governador Rodrigo Garcia, protagonista chave do nosso futuro.

Enraizados na democracia, valor cuja defesa intransigente nos rege e orienta, preparamos em 2021 prévias internas para escolher nosso candidato à Presidência da República. E, assim, oferecer ao Brasil um projeto de país capaz de resgatar sua imensa dívida social. Dívida essa que não se pagará com mentiras, motociatas, passeios de barco ou memes de internet, mas com trabalho duro, coragem e a atuação orientada e permanente de homens e mulheres capazes de guiar seus esforços pela pacificação e união do nosso país.

Acreditamos, assim como disse uma vez Mario Covas, no poder transformador do voto como instrumento de mudança do mundo e na esperança como impulsionadora das ações necessárias a essas mudanças. É nesse cenário que o PSDB, no ano chave de sua história, chega ao 34º aniversário, rumo ao importante ano de 2022, renovado e pronto para trazer de volta o sentimento de brasilidade e orgulho que, pouco a pouco, foi sendo tirado de todos nós. Sentimento personificado na trabalho, mas sobretudo na coragem de João Doria na defesa dos interesses do povo brasileiro.

Como disse o escritor Guimarães Rosa, a vida “o que ela quer da gente é coragem”. E isso, nós temos de sobra.

Marco Vinholi é presidente estadual do PSDB-SP e secretário Estadual de Desenvolvimento Regional

 

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