Eu tive um câncer de mama em 2001 e ele retornou em 2004. Em 2015, minha irmã também teve um câncer de mama. Nós tínhamos plano de saúde e conseguimos nos tratar adequadamente. E aquelas que não têm acesso à saúde privada? O governo precisa tomar medidas para ontem.
Quando a mulher descobre o câncer e vai ao posto de saúde tentar tratamento e não encontra ou consegue marcar um exame para daqui a 40 e 60 dias. É um prazo muito longo. Se for um câncer agressivo, em 90 dias você vai a óbito.
Se a mulher está com o exame na mão, a consulta deve acontecer em menos de 10 dias. Não pode ser para um mês depois. Tem que ser rápido porque a doença é rápida.
Só a campanha Outubro Rosa não é suficiente. Não adianta fazer campanha se o atendimento não dá conta da demanda. O pós-exame é muito lento e centenas de mulheres morrem por não receberam atendimento em tempo hábil.
A ideia da Carreta Móvel que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, implantou é ótima. Mas é preciso mais respaldo para esta campanha. A carreta sozinha ajuda não ajuda se a mulher for parar em um posto de saúde precário. Tem de ser algo casado com a campanha.
Daí a importância de uma ação conjunta entre o governo federal, os estaduais e municipais. Uma coisa é certa: é preciso mais rapidez.
Eu faço parte e defendo o PSDB-Mulher de São Paulo e percorro vários municípios incentivando a prevenção do câncer de mama. Vejo de perto essa realidade. Precisamos nos mobilizar para conseguir melhor esta campanha em todo o Brasil.
*Sônia Defino é coordenadora de Articulação Política do PSDB-Mulher de SP