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Em audiência com ministro da Saúde, tucanos questionam fragilidades do SUS e de ações da pasta

A Comissão de Seguridade Social e Família promoveu nesta quarta-feira (4) audiência pública com o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Durante o debate, parlamentares do PSDB fizeram questionamentos sobre limitações de políticas públicas tocadas pela pasta, como o Mais Médicos, e cobraram medidas para melhorar a assistência e o alcance de ações na saúde pública.

Ex-secretário de Saúde de Minas Gerais, o deputado Marcus Pestana (MG) voltou a ponderar que o PSDB não é contra o Mais Médicos, mas criticou a instabilidade da iniciativa que está levando profissionais – a maioria estrangeiros – para o interior do país. ”Há duas herança graves neste programas: fratura da relação entre governo e médicos brasileiros e insustentabilidade da iniciativa, que é provisória”, apontou. Participam do programa 1.158 brasileiros, 1.083 estrangeiros de vários países e 11.115 cubanos. “Obviamente isto não é sustentável no futuro”, alertou o parlamentar. “O que falta é uma inserção consistente e de qualidade. Na verdade, o problema da falta de profissionais no país anda junto com o falta de estrutura do SUS”, completou.

O ministro fez uma exposição pra lá de otimista, ao alegar  que a saúde no país tem recebido investimentos, a atenção básica à saúde passar por processo de fortalecimento, houve um crescimento de 105% dos recursos e que há mais de 27 mil unidades de saúde espalhadas pelo Brasil. O ministro também tentou isentar o governo brasileiro pelos contratos dos médicos cubanos, usando o argumento que o Brasil mantém um acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e que a instituição, por sua vez, faz a intermediação com a ditadura dos irmãos Castro.

Pestana ainda pediu uma audiência com o ministro para tratar da questão da rede de saúde da Zona da Mata em Minas Gerais. “Peço isso porque muitas cidades estão em classificação de risco na área da saúde”, explicou.

Já a deputada Mara Gabrilli (SP) questionou o ministro sobre o uso de Libras em campanhas de DST/AIDS para surdos, pois há carência de material educativo sobre o tema voltado a essa parcela da população. “São mais de 10 milhões de brasileiros que vivem sem essa informação. Então é preciso que haja um plano para esse segmento”, disse. Ainda de acordo com a deputada, o Ministério da Saúde deve direcionar sua atenção também para os abortos clandestinos.

Outro caso levado pela parlamentar é a falta de leitos e especialistas nos hospitais do Brasil. “Em meu gabinete chegam diversos casos de reclamação sobre esse fato. E quero saber a quem procurar para poder ajudar essas pessoas que me procuram?”, questionou, lembrando que o governo faz estardalhaço sobre suposta melhoria na qualidade de atendimento graças ao Mais Médicos.

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