O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, encerrou, nesta quinta-feira (25/09), visitas a cinco cidades da região Sul do país com um comício em Pinhais (PR), que reuniu mais de 3.000 pessoas.
“Me deem a vitória que eu dou a vocês a Presidência da República”, conclamou Aécio, em discurso inflamado no qual assumiu o compromisso de retornar ao Paraná em novo ato de campanha. “Voltarei brevemente ao Paraná para iniciarmos nossa caminhada para o segundo turno.”
Dirigindo-se aos eleitores e lideranças políticas, Aécio afirmou ser fundamental resgatar a ética no país. “Está na hora da decência tomar o lugar da irresponsabilidade. Está na hora daqueles que fizeram do serviço público e dos cargos públicos instrumento para enriquecimento pessoal serem punidos exemplarmente”, afirmou ele.
Crescimento sistemático
Em entrevista à imprensa antes do comício, Aécio Neves ressaltou haver indicações de crescimento nas intenções de voto em seu favor em todas as regiões do país.
“Nossa candidatura é a única que vem crescendo de forma sistemática ao longo dos últimos dez dias, portanto, isso me dá uma confiança muito grande de que nós venceremos e estaremos no segundo turno, e, no segundo turno, prontos para encerrar esse ciclo de governo do PT”, afirmou. “Há uma onda crescendo. É a onda da razão. E essa onda começa pelo Sul.”
Paraná
Ao ser perguntado sobre a desproporção entre a arrecadação do Paraná e o apoio do governo federal ao Estado, Aécio Neves afirmou que a presidente Dilma Rousseff “passará para a história como a presidente da República que permitiu, por questões políticas mesquinhas, que o povo do Paraná fosse punido ao longo desses últimos anos”.
Para o presidenciável, “houve ação deliberada de bloqueio de recursos, dificuldade para financiamentos para empréstimos para o Estado do Paraná, enquanto Estados amigos do rei ou da rainha tinham facilidades ou para elas não foram criadas dificuldades”.
Petrobras
Em relação às irregularidades na gestão da Petrobras, Aécio afirmou que não acredita que a presidente da República desconhecia o esquema de aparelhamento da estatal.
“Não acredito, sinceramente, que a presidente da República recebesse benefícios pecuniários dessa quadrilha que, segundo a Polícia Federal, se instaurou na Petrobras. Mas não é possível que ela não percebesse que o aparelhamento da Petrobras estava levando a este desfecho”, ressaltou ele.
Aécio destacou ainda que as delações premiadas devem “ir a fundo” no esclarecimento das irregularidades. “Quero que isso possa limpar e limpar de forma profunda o país”, afirmou. “Se eu vencer as eleições, eu irei a fundo para ver quem foram as pessoas e os grupos políticos que assaltaram as nossas empresas para que sejam punidos exemplarmente.”
O candidato alertou sobre as constantes mudanças de opinião da candidata Marina Silva, do PSB. Em relação à Dilma Rousseff, Aécio acrescentou que ela perdeu as condições de governabilidade e que Marina ainda não as adquiriu.
“Nós temos um projeto para o Brasil. É um projeto consistente. A nossa vitória não é boa para o PSDB ou para os nossos aliados. Ela é, neste momento de imensa complexidade do quadro econômico brasileiro, fundamental para o Brasil.”