O prefeito de Itanhaém, Marco Aurélio Gomes (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (25) que vai acelerar os projetos relacionados à drenagem do município. Em reunião com auxiliares para avaliação dos danos causados pelas fortes chuvas deste final de semana, o prefeito afirmou que alguns projetos merecem prioridade, entre os quais a instalação de um amplo sistema de tubulação na Avenida Cabuçu. A avenida foi uma das mais atingidas pelos alagamentos, em três pontos: nas extremidades e na sua parte central. A galeria de água pluvial foi construída na metade dos anos 90, quando a via foi asfaltada, mas não tem dimensões suficientes para dar vazão às águas em dias de chuvas intensas.
Na reunião com o coordenador da Defesa Civil, Sandro Rogério Oliveira de Jesus e com os secretários Vinicius Camba (Serviços Municipais), Cristina Toledo (Obras), Silvio César Oliveira (Segurança) e Rosana Bifulco (Meio Ambiente), o prefeito solicitou um mapeamento dos pontos mais críticos registrados nos últimos anos e determinou prioridade em projetos de drenagem nestes locais. “Tem pontos que vêm registrando constantes alagamentos e isso não é de hoje. Precisamos ser práticos e objetivos”, cobrou Marco Aurélio, ressaltando que neste verão não bastou fazer a limpeza dos rios e canais. “O trabalho foi feito, mas choveu demais, muito acima da média e, neste caso, precisamos investir muito mais em drenagem, planejamento e prevenção”, destacou o chefe do Executivo.
As novas intervenções serão custeadas com recursos municipais e convênios com o Governo do Estado e com a União. Marco Aurélio solicitou aos secretários que priorizem estes projetos. “Mesmo porque as chuvas de março ainda não cessaram e, no próximo ano, não podemos começar do zero”.
Além da intervenção na Avenida Cabuçu, o prefeito determinou uma integração entre as secretarias nos novos projetos de pavimentação, especialmente no tocante à drenagem. “Vamos investir mais 30 milhões de reais nos próximos dois anos em calçamento e essa ação precisa de estudos detalhados para evitar que se criem novos pontos de alagamentos nos bairros”.
Previamente, já se sabe que os bairros Fazendinha e Iemanjá precisam de atenção redobrada. Outras urgências também foram elencadas na reunião: acelerar a drenagem do Rio Campininha, na região do Fazendinha, que é o que recebe o maior volume de águas pluviais naquela região; substituição das tubulações do Rio do Poço, no Belas Artes, por uma estrutura chamada aduela, que facilita a passagem das águas por acumular menos vegetação. Na região central, a prioridade é a eliminação dos alagamentos na Avenida João Batista Leal. Neste caso, será aberta uma saída mais ampla na galeria que conduz as águas até o Rio Itanhaém. O prefeito também quer do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) uma posição quanto à sua responsabilidade na limpeza das valas situadas nas marginais da rodovia. “Se precisar, vamos acionar até o governador, mas o DER precisa colaborar, fazer a sua parte, porque as marginais alagam constantemente e é obrigação do órgão fazer a limpeza e manutenção”.
Através do cadastro e encaminhamento para os novos projetos habitacionais, serão intensificadas as ações para desocupar as áreas ribeirinhas, pois estas famílias são as que mais sofrem com as cheias, em virtude de terem erguido suas moradias nas margens dos rios. Outra ação necessária é a viabilização de convênio com o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para verificar a situação dos morros no que diz respeito a deslizamentos. Isso porque as fortes chuvas de sábado provocaram o desbarrancamento de grande volume de terra e vegetação no Morro do Sapucaitava (Morro do Iate), cobrindo parte da trilha turística.
Índice de chuva
Segundo a Defesa Civil de Itanhaém, entre as três horas da madrugada do último sábado até às 16 horas do mesmo dia, o índice pluviométrico chegou a 141,5mm, índice esperado para o mês inteiro. “Contudo”, explicou o coordenador Sandro Rogério, “o escoamento durou quatro horas em média, considerando que a maior intensidade de chuva coincidiu com o pico da maré. Devemos considerar também que choveu na tarde e noite do sábado”. Segundo ele, o departamento precisou fazer a remoção de apenas uma família.