Início Eleições 2012 Em vigor há 20 anos, o Real transformou a vida dos brasileiros

Em vigor há 20 anos, o Real transformou a vida dos brasileiros

No dia 1º de julho de 1994, o Real passou a ser a moeda oficial brasileira. A adoção do modelo foi o mais importante passo de um plano que acabou com a hiperinflação no Brasil e criou bases que, até hoje, garantem a estabilidade da economia do país. Na próxima terça-feira (25), a partir das 11 horas, haverá uma sessão solene, no plenário do Senado, comemorativa pelas duas décadas do Real, que contará com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente do PSDB, o senador Aécio Neves.

Antes do Real, os brasileiros tinham a inflação galopante como parte de seu cotidiano. Em 1992, a desvalorização foi superior a 1000%, o que colocou o Brasil como um dos únicos países a alcançar a marca, ao lado de Zaire, Ucrânia e Rússia.

Fernando Henrique Cardoso assumiu o Ministério da Fazenda em maio de 1993, durante o governo de Itamar Franco, e tratou a redução da inflação como uma de suas maiores prioridades. Em agosto daquele ano, lançou o cruzeiro real, resultante do “corte de três zeros” do cruzeiro, a moeda corrente até então, e que acabou sendo a base para o Plano Real.

Histórico
O passo seguinte foi dado em maio de 1994, com o lançamento da Unidade Real de Valor. A URV, com patamar variável a cada dia, caiu no gosto dos brasileiros e tornou-se uma referência para diversos tipos de gastos – desde contratos grandes até despesas do dia a dia.

Na ocasião, FHC não estava mais no Ministério da Fazenda. Ele havia deixado a pasta para candidatar-se pelo PSDB à Presidência da República, nas eleições que aconteceriam no segundo semestre daquele ano.

No dia 1º de julho, veio o real. A moeda transformou os hábitos dos brasileiros, que de uma hora para outra deixaram de fazer contas cotidianas com números milionários (o salário mínimo em julho de 1993 foi de 4.639.800,00 cruzeiros, que representava menos de 65 dólares).

A qualidade de vida e a possibilidade da realização de planejamentos aumentaram, enquanto a inflação despencou – fechou 1994 em 50%, muito distante dos três ou quatro dígitos tão comuns nos anos anteriores.

Enquanto isso, durante os meses de implantação do Plano Real, o país assistiu a uma forte oposição do PT à iniciativa. Militantes e figuras de destaque do partido consideraram o plano “eleitoreiro”. Em 1994, Aloizio Mercadante, o candidato de Lula a vice-presidente, declarou que o Real tinha como objetivo “evitar a vitória de Lula” e que “a inflação só será mantida sob controle até a eleição”.

Não foi o que se verificou. Passada a eleição presidencial – vencida por FHC no primeiro turno – a inflação seguiu em patamares baixos. Durante toda a gestão do tucano, entre 1995 e 2002, não foi um problema que fez parte da rotina dos brasileiros. Em julho de 1995, quando o real completava um ano de vigência, a inflação foi de 1,7%.

Tripé
A partir de 1999, FHC lançou outra inovação para o setor: o chamado “tripé macroeconômico”, composto por metas para a inflação, metas para o superávit primário e câmbio flutuante. A ação fez com que o Brasil superasse sem maiores problemas a crise que se instalou em todo o mundo a partir daquele ano, iniciada na Ásia.

Em 2002, quando Lula era o favorito para vencer as eleições presidenciais daquele ano, o PT divulgou a “Carta ao Povo Brasileiro” – documento em que, entre outros planos, era citado o de manter parte das políticas implantadas pelo PSDB e que ajudaram a estabilizar a economia nacional.

As gestões petistas, tanto as de Lula quanto a de Dilma Rousseff, não romperam com as regras para a estabilidade criadas pelo PSDB, mas não as souberam administrar. Como resultado, o panorama da economia nacional piora a cada ano – inflação em alta (foi de 5,91% em 2013) e crescimento baixo se tornaram fatos frequentes.

Do Portal do PSDB Nacional 

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