O governo Dilma intervém excessivamente na economia e não emite sinais claros de segurança para incentivar novos investimentos privados.
É o que pensa a maioria dos empresários reunidos na premiação do anuário “Valor 1000″. O evento foi promovido pelo jornal Valor Econômico, segunda-feira (19), em São Paulo.
A cerimônica reuniu líderes de empresas como Votorantim Participações, Gas Natural Fenosa no Brasil, grupo sucroalcooleiro Santa Terezinha, Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), UOL, entre outros pesos pesados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Os empresários apontam como desafios urgentes a serem superados a melhoraria da infraestrutura nacional, simplificação e redução da carga tributária, ampliação da capacidade energética e, principalmente, a ampliação dos investimentos em projetos de inovação.
Atraso – Para Aloysio Nunes, líder do PSDB no Senado, o atraso do governo federal nessas questões e a intervenção em áreas estratégicas estão custando caro ao país.
Citou como exemplo recente, a alteração das regras do jogo da extração de petróleo após a descoberta do pré-sal: “O governo mudou de maneira abrupta e desastrada regras que vinham sendo responsáveis pelo sucesso da Petrobras.”
Aloysio Nunes destacou ainda o controle artificial de preços, como o da gasolina e o das tarifas de transporte, o programa de desoneração da conta de luz e, por fim, a concessão de subsídios, feita com prazo limitado e com empresas escolhidas a dedo pelo executivo.
E declarou: “Uma das razoes do baixo desempenho da economia é a incerteza das regras. O governo aje sem planejamento, no improviso, com medidas de curto prazo e não sinaliza os rumos que pretende imprimir à economia brasileira. É uma das razoes para o baixo desempenho da economia.”
