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Entrevista do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em Brasília

aecio-solidariedade-14-300x200O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista à imprensa nesta terça-feira (13), após ato do partido Solidariedade. Leia abaixo.

Data: 13-05-14
Local: Brasília – DF
Assuntos: apoio do Solidariedade; TSE; pauta trabalhista

Sobre formalização de apoio do Solidariedade à pré-candidatura do senador Aécio Neves à Presidência da República

O Solidariedade é o primeiro partido que formalmente se manifesta em favor do nosso projeto. O Solidariedade foi criado recentemente e foi criado, diferente da maioria dos partidos, no campo oposicionista. Isso é extremamente relevante. E tem uma agenda para o Brasil. Participação, ao nosso lado, da formulação da nossa proposta de governo. Alguns compromissos – o Paulinho já teve a oportunidade de externar – manteremos durante a campanha, durante o governo.

É uma caminhada que começa de forma adequada, discutindo o Brasil, apontando os equívocos do atual governo, que nos legará uma herança maldita de inflação alta, crescimento baixo e uma perda crescente da nossa credibilidade, que afeta os investimentos, e, obviamente, por consequência, renda e empregos no Brasil. Um governo que falhou na construção da nossa infraestrutura, que hoje capenga e que hoje é o impeditivo de uma maior competitividade de vários setores da nossa economia.

E falhou nos nossos indicadores sociais, na educação pontuamos os últimos lugares em todos os rankings internacionais. Na saúde, a omissão do governo é crescente. O governo federal gasta hoje cerca de 10% a menos do que gastava quando iniciou o governo. E na segurança pública essa omissão chega a ser criminosa, porque 87% dos recursos investidos em segurança pública vêm dos estados e municípios e não da União, que investe apenas 13%.

Estou extremamente feliz com o início desta caminhada, que terá a orientá-la, a emoldurá-la, um compromisso com algo que, para mim, é essencial à vida pública: ética, seriedade, decência no manuseio do dinheiro público. Não podemos assistir passivamente o que está acontecendo com as nossas empresas, e a Petrobras é o mais eloquente exemplo do mal que o aparelhamento da máquina pública e o governo que se submete ao interesse de um grupo político podem fazer. Os fundos de pensão estão aí com denúncias sucessivas também de aparelhamento. A Eletrobras foi outra empresa que perdeu grande parte do seu valor. Isso não pode continuar. E a nossa aliança, ao lado de outros partidos que se somarão a nós, em especial o Democratas, vai impedir mais quatro anos de um governo que tem feito tão mal ao Brasil.

Sobre nome indicado pelo Solidariedade (Miguel Torres) como sugestão para candidato a vice.

É um nome extremamente qualificado. É o presidente da Força Sindical, a maior das centrais do Brasil, e será avaliado pelo conjunto dos partidos que fazem parte dessa aliança. Essa decisão será tomada no mês de junho, antes, obviamente, da nossa convenção marcada para o dia 14. Mas recebo o nome do companheiro Miguel como uma contribuição extremamente positiva, que mostra o engajamento, não apenas a solidariedade, da própria Força nesse projeto. É um nome muito qualificado, representa o sentimento dos trabalhadores brasileiros e fico muito honrado de ter mais esse nome a ser avaliado pelo conjunto dos partidos.

Sobre posse do ministro Dias Toffoli na Presidência do TSE e declarações recentes do ex-presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello.

Respeito o ministro Toffoli, ele sabe a grandeza e a dimensão do cargo que vem a ocupar. Estou absolutamente sereno em relação à sua conduta. O que acho, e aí concordo com o ministro Marco Aurélio, é que nós não podemos afrouxar as regras, em razão, sobretudo, de termos na disputa um governo que mostrou muito pouco respeito a elas, seja na convocação de cadeia de rádio e televisão para fazer propaganda eleitoral, seja na utilização de estruturas de governo quase que diariamente também para fazer campanha eleitoral, seja com a propaganda bilionária de empresas, de bancos públicos, em especial, que não focam o objetivo do banco, mas sim o interesse do partido que está no poder. Eu acho que toda vigilância é necessária e é bem-vinda, mas tenho confiança que o ministro Toffoli saberá conduzir com a dimensão pública que tem, de forma isenta e equilibrada, as próximas eleições.

Sobre pauta trabalhista.

Eu convidei o companheiro, me permita chamá-lo assim, João Feio, é assim que ele é conhecido e não há porquê não chamá-lo assim, apesar de ser uma injustiça, para participar da coordenação do nosso programa de governo. E, obviamente, todos esses temas serão debatidos. Vamos fazer aquilo que é possível e necessário para o Brasil voltar a crescer, para controlarmos a inflação, para permitirmos que a indústria encontre o caminho de competitividade que ela vem perdendo ao longo dos últimos anos, principalmente nesse governo. Obviamente, esses assuntos estarão sobre a mesa, mas eu estou aqui assumindo os compromissos sobre aqueles que eu acredito que seja possível de imediato assumir.

 

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