Vejam esse vídeo na seção de economia do Estadao.com
O vídeo é bastante ilustrativo. Mostra a evolução do superavit primário ( receitas menos despesas, sem contar os juros da dívida ) nos últimos anos.
Objetivamente ele mostra que os governos, em especial o governo federal sobre o qual pesa a maior responsabilidade na condução da economia e na realização desse superavit, não conseguiram alcançar a meta prevista ( o mínimo necessário) de economizar recursos públicos para pagamento de parte da dívida pública. Isso significa que o país vai aumentar mais ainda essa dívida o que o obriga a captar recursos e, para isso, deverá oferecer juros mais altos do que se previa ( fica mais caro ). Essa taxa de juros elevada diminui a capacidade de consumo da população e restringe os investimentos necessários para o país crescer. Torna-se mais vantajoso emprestar para o governo do que investir na produção.
É uma sinalização para os investidores em todo o mundo de que o governo não consegue segurar os seus gastos e a gestão da economia está ao Deus dará. Sinal também para as agências internacionais que analisam o Brasil para o rebaixamento da nota do país o que vai acarretar aumento das taxas de juros que o país paga nos empréstimos que precisa fazer para promover o desenvolvimento.
A notícia alardeada pelo governo sobre a pequena diminuição da taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país não refresca nada. É demagogia pura. Seria positivo se essa queda na taxa de desemprego fosse consequência do aumento do número de trabalhadores ocupados, da geração de novas vagas, de um mercado de trabalho vigoroso. Não é. É consequência da diminuição da população economicamente ativa ( PEA ), um processo de desaquecimento que está associado, dentre outras causas, às mudanças demográficas ( a queda do índice de nascimentos no país caiu fortemente nas últimas décadas ) e à menor participação das pessoas no mercado de trabalho, especialmente de jovens que procuram se qualificar melhor antes do acesso a esse mercado.
Parafraseando o guia genial do povo brasileiro, o culto, ponderado e íntegro Luis Inácio Lula da Silva, essa crise não vai “sair na urina”. É com pesar que as uso porque foram essas as suas palavras de alento ao ex ministro Carlos Lupi, acusado de receber propina enquanto ministro.


