Governadores do PSDB unificaram ontem (22) o discurso contra a recriação da CPMF. Em reunião na sede do governo de São Paulo, os tucanos cobraram um corte mais efetivo de despesa do governo federal. As informações são do jornal O Globo desta terça-feira (23).
De acordo com a reportagem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebeu, no Palácio dos Bandeirantes, os governadores Marconi Perillo (GO), Reinaldo Azambuja (MS), Beto Richa (PR) e o recém-chegado ao PSDB, Pedro Taques (MT). Eles exigiram da presidente o corte do número de estatais.
Perillo afirmou que, por uma questão de coerência, é contra o imposto. “Eu não tenho me manifestado a favor por uma questão de coerência. Quando senador, fui um dos que ajudaram a derrubar a CPMF. Acho muito difícil neste momento as bancadas se posicionarem favoravelmente à criação de imposto”, disse.
Alckmin defendeu que, em momentos excepcionais, o aumento de tributos pode ser necessário, mas antes é preciso reduzir despesa. “Acho que tem uma avenida aí. Hoje, das 142 empresas estatais, 42 foram criadas no governo do PT. O trem- bala não existe, mas a estatal, sim. Essa é apenas uma possibilidade”, explicou.
Desonesto
Segundo o governador Pedro Taques, o governo está sendo “desonesto” ao propor a CPMF. “O governo não fez o dever de casa e agora quer trabalhar com a receita. Eu entendo que é desonesto do ponto de vista político estabelecer uma alíquota para a CPMF de 0,20% e chamar os governadores para que chegue a 0,38%”, afirmou.
Reinaldo Azambuja e Beto Richa também cobraram maior eficiência nos gastos públicos.