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Governar para todos​​

​​​​​​​João Paulo Papa*

Concluído o processo eleitoral, o momento é de união em favor do Brasil. Equilíbrio, serenidade e tolerância são requisitos fundamentais assim como a imperiosa retomada do desenvolvimento econômico com a consequente geração de empregos.
É indispensável governar para todos, sem retaliações ou discriminação. Em 2004, ao vencer a eleição para a Prefeitura de Santos por uma pequena margem de votos, vivi a experiência extraordinária de administrar uma cidade politizada e teoricamente dividida.
Ao assumir no dia 1º de janeiro de 2005, em meu discurso de posse na Câmara Municipal, assegurei que governaria para todos. E assim o fiz. A população de Santos é testemunha dessa prática e me conferiu, quatro anos depois, a honra de ser reeleito e com a maior votação da história da Cidade, mais de 190 mil votos.
É possível, portanto, e mais do que isso, é saudável governar para todas as correntes políticas, partidárias, segmentos sociais, unindo os cidadãos em torno de um projeto comum de desenvolvimento.

Harmonia
Governar em clima de harmonia, respeitando a todos, ouvindo a todos, democraticamente, como convém aos verdadeiros líderes.
Eleições disputadas, acirradas, com pequenas diferenças de votos, são comuns no Brasil. Este cenário de uma campanha difícil, todavia, não pode persistir após o pleito.

É preciso grandeza do vencedor, altivez daquele que não obteve êxito, e sobretudo pensar no cidadão. E, mais do que isso, trabalhar pelo bem comum.
Creio que o Brasil, e particularmente o Estado de São Paulo, já alcançaram esse patamar de civilidade. Afinal, as instituições funcionam normalmente, a democracia está consolidada e todos os brasileiros querem o melhor para o País e para as futuras gerações.
Assim, não acredito em retaliações contra regiões do Brasil ou municípios por esta ou aquela escolha.
No caso específico de São Paulo, o governador eleito João Doria Júnior já assegurou que vai governar para todos e garantiu que em termos da nossa região metropolitana os compromissos assumidos serão levados a efeito.
Compromissos essenciais como apoio à Santa Casa de Santos e demais filantrópicos, hospitais regionais como o Guilherme Álvaro e o de Itanhaém, além do Irmã Dulce, em Praia Grande, São José de São Vicente e Estivadores, entre outros, priorizando o setor de saúde, o maior patrimônio que um cidadão possui.
Defender uma gestão descentralizada do Porto e o fortalecimento do polo industrial de Cubatão são outros compromissos, assim como a ampliação do VLT, entre medidas que vão alavancar o desenvolvimento da nossa região, gerando empregos e renda.
A ampliação do ensino técnico, apoio ao setor de turismo, uma das vocações da região, e o aumento do efetivo e eficiência policial, com investimentos em tecnologia e inteligência, são outras prioridades do futuro governo de São Paulo.
Certamente, a Baixada Santista não será discriminada como alguns chegaram a apregoar ao término da apuração. E a resposta para aleivosias como essa é simples: governar para todos.

*João Paulo Papa é deputado federal pelo PSDB-SP e ex-prefeito de Santos

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