
Os senadores dos partidos aliados ao governo impediram a aprovação, na reunião da Comissão de Educação desta terça-feira, 27, do requerimento apresentado pelo Líder do PSDB, Alvaro Dias, convocando o consultor jurídico do Ministério da Educação, Esmeraldo Malheiros. O servidor, como explicou o senador tucano, teve seu nome envolvido no escândalo desvendado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
O senador Alvaro Dias defendeu a convocação do consultor do MEC para que ele pudesse explicar como foi possível a utilização de senha do ministério, de forma marginal, para o tráfico de influência a partir do gabinete da Presidência da República em São Paulo, chefiado por Rosemary Noronha.
“A Polícia Federal, com a operação Porto Seguro, confirmou a sua postura de independência, ousadia e competência como instituição essencial no combate à corrupção. O Congresso não pode ficar passivamente assistindo o surgimento de escândalos e se conformando com eventuais providências. Nosso dever é aprofundar questionamentos e revelar possíveis desdobramentos dos esquemas de corrupção denunciados pela PF”, afirmou o senador tucano, lamentando a blindagem governista aos protagonistas do novo escândalo.
Para o Líder do PSDB, os fatos revelados pela operação da Polícia Federal são “veementes” e “gritantes”, e o simples comparecimento, no Congresso, de ministros das pastas envolvidas no escândalo, para o senador, não serão capazes de fornecer informações para que haja a elucidação do caso.
“O escândalo salta aos olhos, com atos de corrupção sendo praticados com muita proximidade da Presidência da República. A vinda de ministros no Congresso não produzirá fatos novos nem revelações, já que eles certamente se limitarão a dizer que estão investigando, que tomaram providências etc. A convocação de servidores envolvidos no escândalo se afirma como uma prestação de serviços à sociedade, pois o Congresso é a caixa de ressonância da sociedade e aqui precisamos repercutir fatos desta natureza”, afirmou o Líder do PSDB.