Início Bancada Governo alia contradição e insensibilidade em relação à Saúde, avalia Aloysio Nunes

Governo alia contradição e insensibilidade em relação à Saúde, avalia Aloysio Nunes

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), atribuiu nesta quarta-feira (13) à incoerência que domina o governo a rejeição à emenda apresentada pelo senador Cícero Lucena (PSDB-PB) pelo plenário da Casa, após manobra governista. Para o parlamentar, a insensibilidade prevaleceu à prioridade definida pela sociedade.

“O que existe é uma profunda contradição”, afirmou Nunes Ferreira. “O povo definiu como prioridade buscar uma solução para o problema da saúde, mas há uma insensibilidade por parte do governo para tratar o assunto.”

O líder ressaltou que o PSDB “tomou a dianteira” ao apresentar uma emenda para ampliar os recursos para saúde, unindo-se a movimentos populares e outros partidos. “Há uma convergência entre a proposta do PSDB, os movimentos populares e partidos políticos”, disse.

Na noite desta terça-feira (12) uma manobra governista esvaziou o plenário do Senado derrotando a proposta de emenda que determinava a duplicação de gastos da União com saúde. Pela proposta tucana, o orçamento para o setor passaria de R$ 64 bilhões para R$ 128 bilhões.

O texto aprovado manteve os 15% da receita corrente líquida da União para a Saúde, em cinco anos, segundo o jornal O Globo. A proposta do PSDB elevaria esse percentual para 18%.

Durante a votação senadores de praticamente todos os partidos defenderam a emenda de  Lucena, que aumentaria o percentual para a Saúde, que tem o apoio do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

“O rolo compressor do governo sempre está [contra o PSDB e os demais partidos de oposição]”, afirmou Nunes Ferreira. “O problema da saúde é a prioridade do povo, que reclama da falta de assistência médica de qualidade”, destacou.

Em seguida, Nunes Ferreira acrescentou que oferecer um serviço de qualidade demanda investimentos. “Isso tudo custa dinheiro. É necessário [garantir] mais recursos. O que a gente vê é uma crise que atinge as santas casas que estão fechando e prefeituras sobrecarregadas.”

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