A equipe econômica do governo federal, capitaneada pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, patinou mais uma vez. Mesmo se utilizando de manobras fiscais bastante generosas no fim do ano passado, a gestão petista não conseguiu atingir a meta de R$ 97 bilhões, estipulada para o superávit primário de 2012. O valor ficou R$ 10,5 bilhões abaixo do esperado.
“O superávit que o governo apresenta é o de promessas não cumpridas e obras inacabadas”, critica o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). O parlamentar alerta, ainda, para os prejuízos que as manobras econômicas da presidente podem gerar. “Esse tipo de maquiagem, usada frequentemente pelo Planalto, só faz aumentar a desconfiança dos investidores e da população brasileira. Isso é ruim para a imagem do governo”, completa.
Essa economia que o governo faz é utilizada para pagar os juros da dívida do país. Para tentar alcançar a meta equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB), Dilma ordenou que o superávit fosse inflado com o resgate de R$ 12,4 bilhões do Fundo Soberano do Brasil (FSB) e com a antecipação de R$ 7 bilhões em dividendos da Caixa Econômica Federal e do BNDES.
Agora, a equipe econômica tenta uma última cartada para cumprir o valor. Mantega pode apelar para o abatimento dos valores gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), manobra já utilizada em anos anteriores.
Do PSDB Nacional