Negligência com políticas econômicas de curto prazo e emergenciais, protecionismo e intervencionismo e descuido no controle da inflação. Este é o cenário que consolida os dois primeiros anos da administração da presidente Dilma Rousseff. Como resultado aos descuidos do governo, a inflação chegou, no ano passado, a 5,84%. E para contê-la foram aplicados velhos conceitos característicos dos anos 80, como intervenções no câmbio, na indústria e na taxa de juros, ou seja, reutilização da chamada escola desenvolvimentista.
O deputado Dudimar Paxiuba (PSDB-PA) ressalta que não se pode perder o controle da estabilidade econômica e relembra que o contexto econômico atual é diferente da época em que tais medidas conseguiram alcançar efeitos satisfatórios. “A realidade hoje é diferente de 20 anos atrás, estamos diante de um cenário desfavorável da conjuntura externa e inseridos em um sistema tributário avassalador que permite ao governo volúpia de arrecadação de impostos”, analisa Paxiuba.
Apesar de ser graduada em economia e ter passado pela Secretaria da Fazenda de Porto Alegre, a presidente Dilma parece não ter aprendido que ao invés de buscar medidas de curto prazo, o governo deve desenvolver políticas de estímulo à produtividade e oferecer atrativos para o setor privado. “Por enquanto não se vê, por parte do governo, nenhuma atitude. O que vemos hoje é um horizonte nebuloso e sem perspectiva de futuro promissor”, avalia o deputado.
