“Se quisermos saber como arrebentar com uma empresa do porte da Petrobras, é preciso recorrer às lições do PT. Há grandes professores, a começar por Lula, passando pela Dilma Rousseff, pela atual presidente Graça Foster, e pelo principal artífice de destruição, o senhor José Sergio Gabrielli”. A afirmação foi feita na tarde desta segunda-feira (18/02) pelo Líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), ao criticar a atuação do governo petista à frente da Petrobras.
Segundo o senador tucano, a “situação dramática” da empresa foi novamente posta em evidência com a publicação de uma reportagem na última edição da revista Exame, que descreve “como o governo está destruindo a maior empresa do Brasil”. O Líder do PSDB também cita em seu discurso análises de consultores estrangeiros, que demonstram ter uma péssima visão sobre a gestão atual da estatal.
“Dois exemplos apenas: o analista Iain Reid, do Banco de Investimento Americano Jefferies, declarou que o Governo brasileiro está matando a Petrobrás. O relatório do Deutsche Bank avisa os seus clientes que “as políticas governamentais do Brasil criaram distorções que tornaram a Petrobrás um caso único, no sentido negativo, entre as petroleiras globais”, disse Aloysio.
Para o Líder do PSDB, o PT acabou promovendo uma “privatização disfarçada” da companhia ao entregar a gestão da estatal a partidos políticos e facções sindicais, num aparelhamento do setor de “forma selvagem e descontrolada, com resultados desastrosos”.
Os indicadores da petrolífera, ressaltou o senador, só pioram desde o anúncio da descoberta do pré-sal, há sete anos. O parlamentar citou queda de 36% no lucro da empresa e de 2% na produção em 2012.
Aloysio Nunes também manifestou preocupação com os acionistas, inclusive os trabalhadores que usaram recursos do FGTS na compra de ações da companhia.
“Quem paga o pato são os acionistas, que foram informados que o pagamento de dividendo aos detentores de ações ordinárias seria reduzido à metade. E, segundo a própria presidente Graça Foster, as coisas serão ainda piores no primeiro semestre de 201”, lamentou Aloysio.
Para o senador do PSDB de São Paulo, o ex-presidente Lula deve ser apontado como um dos principais responsáveis pela situação atual da Petrobras. Aloysio citou em seu discurso a propaganda em torno do pré-sal.
“Desde o pré-sal, a mania de grandeza de Lula transferida à Petrobras acabou por hipertrofiá-la de tal forma que a levou à paralisia. O então presidente declarou que o Pré-Sal era um bilhete premiado, era uma dádiva de Deus, e que caberia ao governo garantir que as riquezas produzidas, extraídas do Pré-Sal, ficassem aqui, não mudassem de mãos. Tudo é muito bonito, mas, na prática, acabou-se exigindo demais de uma única empresa; demais, como, por exemplo, ao exigir que ela tivesse a participação de 30% em todos os novos contratos firmados para o Pré-Sal no regime de parceria que então se criou. Ora, a Petrobras não tem condições de fazê-lo, mesmo porque o seu caixa já estava, àquela altura, debilitado pelas políticas desastrosas com que ela foi conduzida, e o resultado é que, desde 2008, nós não tivemos nenhuma licitação no novo regime jurídico adotado”, afirmou Aloysio, lembrando ainda que a Petrobras foi protagonista da “maior capitalização da história”, quando levantou R$ 120 bilhões, dos quais R$ 54 bilhões foram para o seu caixa. “De lá para cá, os dirigentes da Petrobras demonstraram uma enorme competência pelo menos para uma coisa: para torrar esse dinheiro!”, completou Aloysio Nunes Ferreira.
Do Blog da Liderança do PSDB no Senado