Um projeto preparado pelo Ministério do Trabalho pretende acabar com o Fundo de Amparo ao Trabalhador.
O FAT, criado na Constituição de 1988, é um fundo que protege o trabalhador financiando programas de formação e qualificação e garantindo o seguro desemprego e as estratégias de recolocação dos desempregados no mercado de trabalho.
Ao propor a criação de um Sistema Único do Trabalho (SUT), o governo mais uma vez busca centralizar ações e ideias e deixa claro que sua política de trabalho não levará mais em conta nada que não for do interesse do PT.
A proposta de acabar com o FAT e substituí-lo pelo SUT não foi discutida com trabalhadores e empresários, o que mais uma vez demonstra a falta de apreço do PT pelo diálogo e pela democracia. Com o novo sistema, trabalhadores e empresários perderão voz nas discussões sobre políticas de trabalho e a transparência na gestão dos recursos ficará ameaçada.
O FAT não pode e não irá acabar. O governo Dilma quase quebrou o FAT com sua contabilidade criativa, mas nós sabemos que podemos reorganizar suas contas para que o trabalhador brasileiro siga amparado.
O Brasil não pode ser pego de surpresa e acordar sem o FAT, que é uma das mais importantes conquistas dos trabalhadores na Constituição de 1988.
O governo do PT, ao tentar acabar com o FAT, mostra que sua preocupação com a classe trabalhadora fica apenas no discurso.
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, já instruiu a bancada do partido a defender o trabalhador e se opor a toda tentativa de acabar com o FAT.