Para entrar efetivamente nas disputas eleitorais, é preciso que haja participação das mulheres nas estruturas partidárias e a eliminação das práticas sexistas dentro dos partidos políticos. Além das medidas e das normas jurídicas para o combate à discriminação, outros atos e ações voltadas para a promoção da igualdade são necessários.
É preciso, por exemplo, uma análise criteriosa sobre os dispositivos dos regimentos e estatutos, para garantir maior participação das mulheres nos espaços de decisão, com critérios claros e que priorizem a representatividade das instituições.
Muito já foi feito, mas também são muitos os desafios que temos pela frente. Grandes mulheres fazem parte deste grande partido e ajudam a construir o PSDB, com resultados surpreendentes na esfera nacional.
Na Convenção do próximo fim de semana, temos muito a comemorar. O PSDB-Mulher faz 14 anos: é um espaço institucional que nos fortalece, enquanto gênero, e muitas mulheres fazem parte de sua história e de importantes posicionamentos nos dias atuais.
Em função das homenagens e do momento em que fazemos nova eleição, enfatizamos três grandes referências.
RUTH CARDOSO – seu nome está visivelmente ligado às políticas sociais no Brasil, caracterizadas por uma rede de ações públicas que foram coordenadas por critérios de mudanças estruturais. Atos ousados simbolizaram a mudança de rumo na política social, como o da criação da Comunidade Solidária (Decreto 1366, 12 de janeiro de 1995). Medalha pioneira, com o seu nome, foi criada pelo PSDB-Mulher Nacional, com objetivo de homenagear mulheres e entidades que colaboraram para a criação ou implementação de ações e programas de promoção social, econômica, política e cultural, em prol da defesa dos direitos femininos, no combate à discriminação e às desigualdades de gênero. A cerimônia, com entrega de 22 medalhas às mulheres e instituições agraciadas, será no dia 17 de maio, às 19h, no Centro de Eventos Brasil 21 (SHS Quadra 6, Lote 1, Conjunto A, Bloco G, Brasília-DF).
THELMA DE OLIVEIRA – militante desde a universidade, foi parceira de Dante de Oliveira no movimento Diretas Já. Deputada federal por dois mandatos, tem grande capacidade de liderança e perfil extremamente aglutinador. Assumiu a presidência do PSDB-Mulher em 2007, atuando incessantemente para trazer lideranças de todos os Estados brasileiros, com grande investimento nas capacitações. O resultado é visível no discurso afinado das nossas tucanas. A última grande vitória foi a resolução 1/13, assinada pelo presidente Sérgio Guerra, que garantiu 30%, no mínimo, para qualquer um dos gêneros, em todos os espaços de decisão partidária.
SOLANGE JUREMA – Foi uma das signatárias de um documento com um relatório da situação da mulher no Brasil que foi inserido em 2010 em uma cápsula do tempo, que só será aberta daqui a 50 anos. Ex-presidente da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ) no estado de Alagoas, Solange conseguiu, nesse período, estreitar relação com mulheres de todo país e identificar as inúmeras barreiras enfrentadas por elas. Em trabalho conjunto com a saudosa Ruth Cardoso, foi ativa na criação da Secretaria Nacional de Políticas Públicas para Mulheres, no governo Fernando Henrique Cardoso onde, segundo ela, “foi possível aprofundar em questões que não eram discutidas até então”. Solange assumirá um mandato de dois anos como presidente nacional do PSDB-Mulher, com um colegiado que representa o equivalente a 44% do total de filiados do partido.
Seremos muitas na Convenção, unidas, com o propósito de avançar nas conquistas que garantam a maior participação das mulheres do nosso partido. Para tanto, estudamos, mobilizamos e apresentaremos propostas para aprimorar nosso Estatuto.
Pra frente, tucanas!
*Secretária do Secretariado Nacional da Mulher do PSDB