Embora já tenha terminado, a greve recorde das universidades federais, consequência da má administração de Fernando Haddad no MEC, continua causando problemas para muitos estudantes. A paralisação acabou com o sonho de quem se programou para fazer intercâmbio nos Estados Unidos, por exemplo. Em todo o país, estudantes das universidades que pararam agora não conseguem mais realizar os intercâmbios, embora já tenham pago.
Isso porque o consulado americano considera que para obter o visto os estudantes precisam estar em seu período de férias longo, mas para alguns alunos o semestre só será encerrado em 2013.
Os alunos prejudicados estão indignados. Foram meses de planejamento, enfrentaram processos de seleção e até já fizeram pagamentos referentes a passagem aérea e seguro. A falta de habilidade do governo federal para pôr fim a uma paralisação que se arrastou durante quatro meses atrapalhou o calendário escolar e agora também vai tirar desses estudantes a chance de ter uma experiência acadêmica internacional.
A greve foi uma das heranças deixadas por Fernando Haddad, que esteve à frente do Ministério da Educação desde 2005, de onde saiu este ano para se candidatar à Prefeitura de São Paulo. A greve nas universidades federais entrou para a história como a mais longa paralisação da categoria.
Antes disso, a maior greve nas federais tinha sido registrada em 2005, logo depois que Haddad assumiu o Ministério. Muitas das reivindicações dos grevistas em 2012 diziam respeito a reivindicações de 2005 que não foram atendidas até hoje. Ou seja, em sete anos Haddad pouco fez para melhorar as condições de trabalho dos professores e saiu candidato deixando para o sucessor a tarefa de lidar com as consequências de uma gestão ineficiente.