RIO — A greve parcial dos funcionários do IBGE impediu a divulgação da taxa média de desemprego de julho nesta quinta-feira. O indicador de junho também não havia sido divulgado pela mesma razão.
Os dados referentes ao mercado de trabalho das regiões do Rio e de Salvador sobre o desempenho de julho foram coletados, mas não analisados. Por isso, o IBGE optou por informar apenas os resultados de quatro das seis regiões metropolitanas que compõem o indicador.
No mês passado, a média nacional da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) deixou de ser divulgada pela primeira vez em 20 anos por causa da greve, iniciada em 18 de junho. Naquele mês, apenas os dados do Rio deixaram de ser analisados.
Segundo o IBGE, o índice de entrevistas realizadas e analisadas ficou em 60% em Salvador e em 56% no Rio de Janeiro. O que é um patamar abaixo da média para se calcular a desocupação nessas localidades. No Rio, por exemplo, com, em média, 74% do total das entrevistas feitas e analisadas já épossível calcular a desocupação da região.Em Salvador, parte da coleta não chegou ao IBGE até por causa depiquetes na porta do instituto.
Com isso, o volume foi insuficiente Os funcionários do instituto que fizeram paralisação foram os mais afetados pelo corte do ponto dos grevistas, que somou ao todo R$ 20,6 milhões. Segundo o governo, 3.379 servidores do órgão fizeram greve por um ou mais dias em julho.
O desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou em 5,7% em julho, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE. A taxa ficou bem abaixo da apurada no mês anterior, de 6,5%. A Grande São Paulo tem peso de cerca de 40% na PME. Em Porto Alegre, o desemprego caiu para 3,8%, ante 4% em junho. Já em Belo Horizonte o desemprego cedeu a 4,4%, menor que a taxa de 4,5% em junho. Já em Recife, a taxa de desocupação subiu para 6,5% em julho, de 6,3% em junho.
