Por Lucas Padilha
Há 30 anos nascia o PSDB. Partido da universalização dos direitos, da constituinte, dos governos seguros, estáveis, do pragmatismo sem fisiologismo, da anticorporação, de quem entende o papel do capitalismo, do estado e da sociedade de uma forma moderna.
O PSDB é maior que o Plano Real, que o SUS, que o Bolsa Escola, que a Lei de Responsabilidade Fiscal, que a Lei da Governança das Estatais, que a Lei Geral de Telecomunicações, que o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que a lei paulista antidiscriminação LGBTI, que o poupatempo, que o bom-prato, que as ETECs e FATECs, que a universalização do acesso à educação básica.
O PSDB é maior que qualquer indivíduo ou projeto. Não depende do seu legado para ser relevante. Não depende de ninguém para se revigorar. O PSDB é o que é e será o que dele fizermos.
Não é o melhor partido possível, é o melhor que temos. Os defeitos, individuais, coletivos, na práxis, no programa, são vários. E tudo bem. Há disputa interna, há quem apoie e se oponha, há quem fiscalize, quem se ufane, quem o eleja, quem dele desconfie. Quais outros partidos políticos existem no Brasil?
Pessoalmente, o partido significa muitas outraa coisas:
“Me deste a fraternidade para o que não conheço.
Me acrescentaste a força de todos os que vivem.
Me tornaste a dar a pátria como em um nascimento.
Me deste a liberdade que não tem o solitário.
Me ensinaste a acender a bondade, como o fogo.
Me deste a retidão que necessita a árvore.
Me ensinaste a ver a unidade e a diferença dos
homens.
Me mostraste como a dor de um ser morreu na
vitória de todos.
Me ensinaste a dormir nas camas duras de meus
irmãos.
Me fizeste construir sobre a realidade como
sobre uma rocha.
Me fizeste adversário do malvado e muro do
frenético.
Me fizeste ver a claridade do mundo e a
possibilidade da alegria.
Me fizeste indestrutível porque contigo não
termino em mim mesmo.”
NERUDA. Ao meu partido.
*É secretário de Comunicação da Juventude Estadual do PSDB