Início Eleições 2012 PSDB representa Ministro da Justiça por prevaricar sobre denúncias de Marcos Valerio

PSDB representa Ministro da Justiça por prevaricar sobre denúncias de Marcos Valerio

Em 25 de agosto passado, o dep. Antônio Imbassahy (PSDB-BA) enviou requerimento ao ministro da Justiça com base na Lei de Acesso à Informação questionando as providências tomadas pelo órgão em relação às denúncias feitas por Marcos Valério em 2012 e 2013, quando apontou “o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o verdadeiro “chefe” do esquema de desvio, (…) conhecido como Mensalão”.

Valério também contou à época que “o mesmo ex-presidente Lula teria negociado pessoalmente com Miguel Horta, então presidente da Portugal Telecom, o repasse de recursos da ordem de R$ 7 milhões ao Partido dos Trabalhadores”. Por fim, afirmou “que dirigentes do Partido dos Trabalhadores teriam solicitado que o então depoente, Marcos Valério, pagasse R$ 6 milhões ao empresário Ronan Maria Pinto, para que este deixasse de chantagear o ex-presidente Lula, o atual Secretário-Geral da Presidência da República, Ministro Gilberto Carvalho e o ex-Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, José Dirceu, ameaçando relacioná-los às suspeitas de corrupção na prefeitura de Santo André/SP que teriam motivado o assassinato de Celso Daniel, em 2002”. Na resposta ao requerimento, Cardoso se esquivou e reafirmou algo que disse na ocasião: a suposta inexistência de provas.

“Se provas já existissem e estivessem à disposição de todos, aí sim é que qualquer investigação seria desnecessária, uma vez que os crimes estariam mais do que comprovados”, afirmou Imbassahy, apontando o descaso do ministro com os fatos denunciados.

Do mesmo modo, Cardoso não enviou a relação dos inquéritos instaurados a partir do depoimento de Marcos Valério, o que “constitui, ao menos, um indício de que nenhuma medida foi tomada pelo Ministro da Justiça, no âmbito de suas atribuições, para que os fatos viessem a ser efetivamente apurados”, disse Imbassahy. E, ao que tudo indica, nada mudou – mesmo após a apreensão, no Paraná, de um contrato de empréstimo no valor de R$ 6 milhões, entre a empresa 2 S Participações Ltda, de Marcos Valério Fernandes de Souza, e a Expresso Nova Santo André, de Ronan Maria Pinto, e a Remar Agenciamento e Assessoria.

Para o Líder tucano, Cardoso “deixou de praticar, indevidamente, ato de ofício, com o fito de satisfazer sentimento pessoal”, o que constitui prevaricação, solicitando providências para apurar as responsabilidades e investigar a possível infração penal cometida.

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