O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), informou que a oposição irá insistir na criação de uma CPI Mista, com a participação de deputados e senadores, para investigar irregularidades na Petrobras. Na terça-feira (29), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), solicitou aos partidos a indicação dos membros para a instalação de uma CPI só de senadores, cujos trabalhos podem iniciar na semana que vem.
Calheiros deu andamento aos trâmites para a criação da comissão depois de uma reunião de Imbassahy com líderes do DEM, do PPS e do Solidaridade, na qual decidiram pressionar para que a CPI começasse a funcionar. No último dia 23, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, em resposta a um mandado de segurança impetrado pela oposição, já havia determinado a instalação imediata da comissão.
“A Câmara não pode ficar de fora da CPI. Essa deverá ser uma investigação bem aprofundada e os deputados querem contribuir. Vamos insistir nisso”, afirmou. O presidente do Senado marcou para a próxima terça-feira uma reunião com os líderes de partidos para discutir a questão.
Imbassahy voltou a ressaltar que o objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito é proteger e preservar a Petrobras, que é um patrimônio nacional. Segundo ele, a estatal não pertence ao PT ou a partido algum, mas a todos os brasileiros.
“Há cinco anos, a Petrobras era a 12ª maior empresa do mundo, atualmente é a 120ª. De 2010 para cá, o seu valor de mercado caiu de US$ 236 bilhões em 2010 para US$ 86 bilhões – 64% a menos – enquanto sua dívida líquida saltou de US$ 40 bilhões antes de 2009 para US$ 96 bilhões em 2013. Há uma série de denúncias e indícios de irregularidades envolvendo a empresa, a começar pela compra da refinaria de Pasadena. Isso entristece e revolta os brasileiros. É preciso investigar a fundo o que está acontecendo e uma CPI mista é o ideal”, afirmou.
