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Impeachment já

Em meio às intermináveis discussões a respeito do impeachment da presidente Dilma, um dado fundamental está ficando à margem de todo esse debate. O que deveria ser o ponto principal está sendo colocado em segundo plano. Afinal, o que é melhor para o Brasil? A permanência da presidente no poder, apesar dos crimes cometidos, será bom para o país? Ela terá apoio político suficiente para continuar governando? Ela terá condições de conquistar a confiança de investidores e com isso devolver os empregos que foram tirados de milhões de trabalhadores nestes últimos dois anos? A resposta é não!

A permanência do governo do PT, de acordo com todos os indicadores atuais, só aumentará o sofrimento do povo brasileiro. Até o fim do atual mandato, serão mais dois anos e meio de um governo que seguirá se arrastando e levando junto todo o país. O início da recuperação econômica teria de esperar até 2019. Até que o grupo que ocupa o poder hoje deixe o caminho livre para a renovação de ideias, de projetos e da esperança em dias melhores.

É fácil notar como a presença da presidente gera desconfiança e afasta investimentos. Toda vez que surge uma possibilidade real de afastamento dela, os indicadores econômicos reagem bem. Os índices da Bolsa de Valores sobem e o dólar cai. Está claro que os empresários estão com medo de investir no Brasil. Com isso, não se produz empregos. E aqueles que estão empregados consomem estritamente o necessário e guardam o restante, quando sobra alguma coisa, com medo de amanhã estar no olho da rua, como aconteceu e tem acontecido com milhões de brasileiros. E se as pessoas não consomem, as empresas não vendem, o que gera recessão e mais desemprego.

Dilma perdeu a confiança da nação, do empresariado e o apoio do Congresso Nacional. Mesmo que ela consiga escapar do impedimento, não terá base de sustentação para governar. Ela não terá força política para implementar as mudanças de que o Brasil tanto precisa para voltar a crescer. E pior, ela não terá recursos para investir em novos projetos e programas visto que o rombo causado nas contas públicas por seu governo temerário já está em R$ 100 bilhões.

Serão dois anos e meio de mais sofrimento para o país. Sem apoio no Congresso, sem recursos e desacreditado, o governo do PT perdeu as condições de governar o Brasil, de resgatar o respeito e a grandeza do nosso país, de reequilibrar as contas públicas, de realizar as reformas necessárias, de recuperar a confiança da nação.

É evidente que qualquer que seja a autoridade incumbida de governar o país no lugar da atual presidente terá grandes dificuldades pela frente. Não há como negar isso. Pois o rastro de destruição que será deixado é grande e penoso. Mas é inegável também que a renovação de ideias, projetos e de pessoas fará bem para o Brasil. O novo líder da nação terá respaldo do Congresso Nacional para as mudanças urgentes e necessárias. E mais. Terá um voto de confiança da população, pelo menos dos 70% que reprovam este governo. A esperança de dias melhores poderá fazer o brasileiro voltar a sorrir. O clima no país será outro. A onda de pessimismo chegará ao fim. Caberá ao novo comando político nacional atender a essas novas expectativas, demonstrar que é capaz de mudar para melhor o rumo deste país. E mostrar que um eventual impedimento da presidente foi necessário para recolocar o Brasil de volta ao caminho do desenvolvimento. É por tudo isso que o PSDB votará no domingo pelo impeachment já.

 

PEDRO TOBIAS

Deputado e presidente estadual do PSDB-SP

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