Deputados do PSDB destacaram nas redes sociais a greve dos caminhoneiros, que começou na madrugada desta segunda-feira (9) em rodovias de 12 estados. O movimento pede a renúncia da presidente Dilma Rousseff e não tem previsão para acabar. Em julho, a petista vetou a isenção de PIS e Cofins para óleo diesel, que reduziria os custos da categoria.
Há manifestações em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Em sua página no Facebook, o Comando Nacional do Transporte justificou o movimento. “Somos brasileiros acima de tudo, esse país é nosso, o governo deve cuidar dele para nossos interesses. Quando não o faz, temos o direito de protestar e estamos protestando há tempos!”, diz uma das postagens.
O momento é de “tensão máxima no governo Dilma”, afirmou o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) nas redes sociais. Em São Paulo, os caminhoneiros interditaram a pista expressa da Marginal Tietê. No Rio de Janeiro, caminhoneiros bloqueiam o quilômetro 273,5, no sentido São Paulo, na altura do município de Barra Mansa. “Em Minas Gerais até agora três trechos com ações dos protestos: BR 381 em Igarapé; BR 262 em Igaratinga e BR 040 em Conselheiro Lafaiete”, afirmou o deputado Paulo Abi-Ackel (MG).
VETO À ISENÇÃO DE PIS/COFINS NO DIESEL
O protesto dos trabalhadores é contra o abuso do governo, destacou Vitor Lippi (SP). Em julho, Dilma vetou trecho da Medida Provisória 670 que isentava o óleo diesel de PIS e Cofins. O combustível representa grande parte dos gastos do caminhoneiro. A emenda vetada pela petista garantia benefício à categoria com a redução do custo do serviço de transporte
A emenda foi aprovada no plenário da Câmara em 17 de junho, com apoio dos tucanos. O texto contou com o voto favorável de 231 deputados, contra 143 votos. No dia da votação, o deputado Rodrigo de Castro (MG) convocou os parlamentares a ajudar os caminhoneiros. “Queremos o agronegócio valorizado no Brasil. Não queremos o agronegócio ainda mais penalizado”, frisou.
“A categoria reclama que não foi reduzido o preço do diesel, componente principal para o encarecimento dos fretes e aumento da inflação”, comentou o deputado Antonio Imbassahy (BA) via Facebook.