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Instabilidade do governo Dilma impede solução para crise econômica, avalia Aécio Neves

ghg_7864-300x200“Se as pessoas olham para a presidente da República e não enxergam ali verdade, sinceridade no que diz, certamente a confiança vai se distanciar cada vez mais”, diz Aécio. 

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, se reuniu nesta terça-feira (4) com lideranças do partido em Brasília para avaliar o quadro político, agravado com os novos desdobramentos da Operação Lava Jato e pela piora dos indicadores econômicos. Após o encontro, o senador afirmou que a falta de credibilidade e a instabilidade política do governo da presidente Dilma Rousseff impedem uma solução de curto prazo para a crise da economia brasileira.

“Lamentavelmente vivemos uma política econômica extremamente grave e que, na verdade, impede uma solução de curto prazo pela absoluta instabilidade do governo. O Brasil tem um desgoverno. As coisas já não caminham minimamente na direção correta porque falta ao governo autoridade, falta ao governo credibilidade. E isso não se conquista com palavras vazias, com discursos de boas intenções. E as ações do próprio governo e das empresas do governo federal só agravam este descrédito”, declarou Aécio Neves em entrevista à imprensa na sede do partido.

O senador também afirmou que a presidente Dilma Rousseff precisa assumir sua responsabilidade pela grave crise na qual seu governo mergulhou o país. Sem isso, avalia, ela terá grandes dificuldades para governar.

“A presidente Dilma tem que governar o Brasil, tem que assumir esse mandato e para isso é fundamental que ela faça mea culpa, que ela pare de dizer que a responsabilidade com o que ocorre no Brasil é responsabilidade da crise internacional ou é da seca do Nordeste. Enquanto a presidente não olhar para os brasileiros e dizer a verdade, ela terá muitas dificuldades para recuperar aquilo que é essencial para quem governa: confiança, credibilidade. Momentos difíceis todos os governos passam por eles, mas se as pessoas olham para a presidente da República e não enxergam ali verdade, sinceridade no que diz, certamente a confiança vai se distanciar cada vez mais”, avaliou.

Assalto aos cofres públicos

Aécio Neves também avalia que a 17ª fase da Operação Lava Jato, que resultou na prisão do ex-ministro da Casa Civil da Presidência no governo Lula, José Dirceu, aproxima o Palácio do Planalto do escândalo de corrupção da Petrobras.

“Acho que já chegaram muito perto [do Planalto] porque o extrato desse assalto aos cofres públicos em boa parte serviu para alimentar esse projeto de poder. As denúncias e, obviamente, elas precisarão vir acompanhadas também de comprovações, de provas, mostram que isso atendeu aos interesses de um projeto de poder. Se alguns sim se enriqueceram lateralmente desse processo devem responder por isso. Mas a montagem dessa organização e dessa estrutura, segundo o Ministério Público, continuada após o mensalão, teve um objetivo central: manter esse grupo político que está no poder”, afirmou.

O presidente nacional do PSDB classificou de inadmissível o fato de as investigações do Ministério Público Federal apontarem que o assalto aos cofres da Petrobras ocorreu paralelamente ao julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Essa questão relativa à prisão do ex-ministro José Dirceu, como disse ontem o nosso líder, senador Cássio Cunha Lima, o que nos salta é a continuidade da obra, não bastassem as condenações que ocorreram muito pouco tempo atrás. O crime foi, segundo diz o Ministério Público, continuado, reiterado. Isso é absolutamente inadmissível”, disse Aécio Neves aos jornalistas.

O senador destacou a gravidade das novas investigações da Lava Jato que apontam para a cobrança de um ‘pedágio’ também das empresas que prestavam serviços para a Petrobras. “Quando nós assistimos agora empresas prestadoras de serviços também tendo que pagar propina, como denuncia o Ministério Público nessa última fase da delação que levou inclusive em parte à prisão do ex-ministro José Dirceu, é a demonstração de que para se trabalhar com esse governo tinha que se pagar pedágio. E isso fica cada vez mais claro. E se isso terá efeito nas manifestações do dia 16, só o dia 16 vai dizer isso, mas que a indignação das pessoas é cada vez maior, isso se constata em qualquer esquina do Brasil, em qualquer reunião da qual você participe”,

Inserções do PSDB

Aécio Neves também anunciou que as próximas inserções do PSDB no rádio e na TV irão convidar as população para as manifestações previstas para o dia 16 de agosto. “O PSDB vai apresentar na quinta e no sábado, nas suas inserções, no horário da propaganda eleitoral, um claro convite aos brasileiros que estão, como nós, indignados com a corrupção e com a mentira, para que participem, ressaltando sempre o protagonismo desses movimentos que as organizam. O PSDB vai participar como parcela da sociedade brasileira”, destacou.

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