Maceió – As margaridas distribuídas por amigos e familiares da deputada federal Ceci Cunha, no primeiro dia de julgamento do caso conhecido como “A Chacina da Gruta”, em Maceió (AL), tinham um significado especial: a parlamentar segurava a flor quando foi assassinada, em 1998, junto com outras três pessoas, na casa de sua cunhada. A filha de Ceci, Adriana Cunha, guarda até hoje a margarida do dia do crime. Foi nesse clima de emoção e expectativa que os jurados ouviram as testemunhas de acusação e de defesa, além dos depoimentos dos réus Carlos Alexandre e Mendonça Medeiros.
A única sobrevivente da chacina, Claudinete Maranhão, irmã de Ceci Cunha, foi a primeira a ser ouvida. Ela não mostrou dúvidas quando o juiz responsável pelo caso, André Granja, pediu que o autor dos disparos que mataram Ceci fosse apontado. De acordo com ela, Jadielson Barbosa, ex-assessor de Talvane Albuquerque – ex-deputado acusado de ser o mandante do crime – é o homem que usou a espingarda.
Emocionado, o filho de Ceci Cunha, Rodrigo Cunha, falou sobre o julgamento. “Não tenho dúvidas de que os acusados sairão daqui condenados. Foram 13 anos de espera, mas chegou a hora de a justiça ser feita”, afirmou. A presidente nacional do PSDB Mulher, Thelma de Oliveira, também falou sobre o caso. “Não é possível que em um país onde a democracia está consolidada um caso assim fique impune. Temos certeza da vitória”, disse.
O primeiro dia de julgamento durou quase 15 horas. Na terça-feira (17), a expectativa é de que os outros réus – Jadiélson Barbosa, Alécio César e o ex-deputado Talvane Albuquerque – sejam ouvidos. Somente depois haverá o embate entre os advogados de acusação e defesa. De acordo com o juiz André Granja, o veredicto só deve ser conhecido nas primeiras horas da quinta-feira (19).
Fonte: www.psdb.org.br